Feira, gasolina, conta de luz: veja a média de preços aplicados a partir de 2023

Pontos-chave
  • Especialistas fazem projeções sobre os valores cobrados em produtos básicos no próximo ano;
  • O próximo presidente a assumir, neste caso Lula, terá que lidar com algumas questões de influencia internacional;
  • Alimentação e combustíveis foram vilões neste ano.

Estamos em novembro, pouco tempo para as festas do fim de ano e encerramento de 2022. No ano pós pandemia em que os brasileiros voltaram a ter oportunidade se estabilizar, ainda foi preciso enfrentar a guerra na Ucrânia e alguns descontroles aumentaram a inflação. As expectativas agora ficam para os preços da alimentação, gasolina e despesas básicas do próximo ano.

Feira, gasolina, conta de luz: veja a média de preços aplicados a partir de 2023
Feira, gasolina, conta de luz: veja a média de preços aplicados a partir de 2023 (Imagem: FDR)

Além da mudança do ano acontece também a troca de presidente no país, Jair Messias Bolsonaro (PL) deixa o cargo e Luís Inácio Lula da Silva (PT) assume o seu lugar. Essa troca de comando também traz expectativas do povo brasileiro em entender como o novo governo pretende agir em relação ao aumento de preços dos principais produtos de consumo.

Um dos primeiros atos que foram promessa de campanha de Lula e que deve ser confirmado é o aumento do salário mínimo acima da inflação. Com isso, a equipe petista pretende garantir o poder de compra do brasileiro e do cidadão que recebe salário baseado nessa quantia. Desde 2019 quando Bolsonaro assumiu o comando do país o salário não tinha aumento real.

A ideia, de acordo com o senador eleito Wellington Dias (PT-PI), cotado para o Ministério da Fazenda, é de que o salário mínimo cresça algo em torno de 1,3% a 1,4% acima da inflação. Com isso deve pagar R$ 1.319 no próximo ano, o que vai gerar um gasto de pelo menos 6 bilhões para a equipe de governo.

Há esse compromisso de no primeiro ano de implementar a regra (para o salário mínimo) média do PIB dos últimos cinco anos. Como houve queda, provavelmente vai ficar num patamar de 1,3%, 1,4% de ganho real no primeiro ano”, disse Dias em entrevista ao programa Estúdio i da GloboNews.

Preços dos alimentos em 2023

O povo brasileiro que frequenta supermercados, mercearias e feiras percebeu que um dos vilões da inflação de 2022 foram os preços dos alimentos. As quantias subindo cada vez mais pesaram consideravelmente no bolso dos brasileiros, como o leite que ficou 60,81% mais caro nos últimos 12 meses, conforme dados da inflação divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em setembro.

As expectativas para o próximo ano são de que os alimentos caiam de preço gradativamente. Projeções econômicas já indicam que carnes e alimentos in natura podem cair de preço em 2023. Em entrevista ao Valor Econômico, Fabio Romão, da LCA, espera para 2023 forte desaceleração na alimentação no domicílio, com queda em proteínas.

Na pesquisa feita pelo especialista e compartilhada em setembro, Romão prevê que haja deflação de 5,04% nas carnes, de 2,1% em carnes e peixes industrializados e de 4,35% em aves e ovos. Pescados devem ficar estáveis (+0,2%).

Preços dos combustíveis para o próximo ano

Enquanto isso, os preços dos combustíveis não têm um cenário tão animador como dos alimentos. As projeções de analistas seguem o mercado internacional por conta não têm boas expectativas em relação ao funcionamento do comércio de barril de petróleo. A Petrobras usa hoje para calcular os preços dos seus produtos a PPI (Política de Paridade Internacional). 

Em fevereiro de 2023 a Europa vai deixar de fazer importações de derivados russos, devido as sanções impostas pela União Europeia contra Moscou, em retaliação à invasão da Ucrânia. Por conta disso, a equipe que assumiu a presidência do país e que passa a comandar em 2023 terá um novo desafio.

[O novo governo brasileiro] vai enfrentar preços altos de diesel, seguramente… Os preços já não estarão [em 2023] nos níveis históricos que vimos há alguns meses, mas vão se manter mais altos que o historicamente, provavelmente, no próximo ano”, comentou a analista da Wood Mackenzie, em entrevista à agência epbr.

Valor das contas básicas a partir de 2023

Em abril deste ano o reajuste na conta de energia elétrica já chegava a 24%, de acordo com a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). No entanto, especialistas ouvidos pelo portal G1 acreditam que a partir de 2023 o crescimento na cobrança de contas básicas, como da conta de luz não deve subir em valores tão expressivos. 

Diferente do ano atual, as expectativas são de que no próximo ano o crescimento não chegue a dois dígitos, logo fique abaixo de 10%. “Quando considerados somente os clientes conectados em baixa tensão – é o caso das faturas residenciais –, o impacto pode ser ainda menor. A TR Soluções projeta que as tarifas fiquem praticamente estáveis em 2023, com uma redução média de 0,2%”, diz o levantamento do G1.

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Lila Cunha
Autora é jornalista e atua na profissão desde 2013. Apaixonada pela área de comunicação e do universo audiovisual. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: [email protected]