Nos últimos pregões, a bolsa de valores brasileira registrou tendência de crescimento. Ao longo da semana passada, o Ibovespa saltou do patamar de 112 mil para 119 mil pontos. O aumento acontece em meio ao estreitamento das pesquisas eleitorais, com Bolsonaro se aproximando de Lula.
O segundo turno das eleições 2022, que conta com a disputa entre Lula e Bolsonaro, será realizado no dia 30 de outubro. De olho nessa data, o mercado segue observando as pesquisas eleitorais — o que vem impactando a bolsa de valores brasileira.
Na última quarta-feira (19), a pesquisa do Datafolha mostrou que Lula se estabilizou com 49% das intenções de voto no segundo turno. Já Bolsonaro apresentou uma variação de 1 ponto para cima, chegando a 45%.
A pesquisa tem uma margem de 2 pontos percentuais. Ou seja, os dois candidatos à Presidência estão no limite da margem de erro.
Ao avaliar a rejeição, 50% dos participantes da pesquisa alegaram que não votariam em Bolsonaro de forma alguma — contra 51% na apuração anterior. No caso de Lula, 46% apontaram essa perspectiva — o que representa o mesmo nível da pesquisa anterior.
Na visão de estrategistas do Citi, a pesquisa eleitoral disponibiliza novas evidências de acirramento maior da corrida pela presidência.
Vale lembrar que, no primeiro turno, as pesquisas eleitorais tinham mostrado uma diferença a favor de Lula acima do que aconteceu.
Bolsonaro beneficia ações de estatais na bolsa de valores
O mercado tem apresentado uma preferência pelo perfil econômico do governo de Bolsonaro. O atual governo tem demonstrado mais abertura para privatizações, além de apresentar um perfil com presença do Estado na economia.
Nos pregões mais recentes, as ações da Petrobras e Banco do Brasil registraram forte crescimento na bolsa de valores brasileira. Essa valorização representa uma antecipação dos investidores com uma possível vitória de Bolsonaro nas eleições 2022.
Ao Investing,com, o sócio e gestor da RPS Capital, Gustavo Fabrício, afirma que, se o atual presidente conseguir a reeleição, existe uma tendência de valorização das ações das duas estatais. A razão disso é porque existe uma agênda liberal para que seja feito o mesmo que aconteceu com a Eletrobras.
Já no caso de eleição de Lula, o executivo entende que isso não deve representar uma agenda de desestatização. Na semana passada, inclusive, o petista chegou a se posicionar contra a privatização da Petrobras.
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