Como o segundo turno das ELEIÇÕES podem IMPACTAR a Bolsa de Valores?

Falta pouco para o segundo turno das eleições 2022 no Brasil e por conta disso, crescem as dúvidas em relação ao reflexos do cenário político na economia e nos mercados. Saiba mais.

Na visão do sócio-fundador da Skopos Investimentos, Pedro Cerize ao InfoMoney, essas dúvidas são pertinentes já que não há como dizer que política e economia estão separadas, tanto é que chamamos de política econômica” as medidas que são decididas pelo governo que impactou o sistema econômico como um todo.

Cerize, que retornou ao Stock Pickers 167 para falar sobre o FED (Federal Reserve) e a recessão nos Estados Unidos, situação do Bank foi England, o que vem por aí na guerra na Ucrânia e demais pautas que vem sendo ponto de atenção no mercado financeiro. Ele também fez uma análise sobre Brasil e como a decisão sobre quem comandará o país a partir do próximo ano deve impactar na economia.

Juros e inflação 

Sobre este assunto, Pedro destacou ao InfoMoney que “inflação é uma escolha da população”. Isto pois projetos com maiores benefícios sociais, como saúde gratuita, não dialogam com inflação baixa.

Sobre juros, o profissional possui sua visão da razão do por que, apesar das taxas altas, a  Bolsa Brasileira não possui um retorno mais baixo. Como forma de aprovar o lucro de um investimento, o conselho determina uma taxa, que tem como mínimo o valor do juros no país. Por conta disso, investimentos aprovados no Brasil tem retornos superiores do que na China, por exemplo.

“Se o juro de equilíbrio no Brasil for 4%, só aprovaremos retorno real acima de 10% — e nossa Bolsa vai dar 10% ao ano”, complementou.

Na visão dele, ao trazer governos que levam o crescimento estrutural para baixo, as ações crescem menos, causando uma queda nos lucros e dos múltiplos, com o estabelecimento de uma visão menos positiva no longo prazo. “Toda vez que se tem maior participação do estado, ele tira dos outros. E dos outros, uma parte é lucro, outra parte é salário”, disse.

Desta forma, para ele, um governo que possua maior interferência na economia impacta de forma negativa o desempenho da Bolsa. Por fim, ele diz ainda que, eventualmente, forçar a taxa de juro para baixo também será ruim para a Bolsa no longo prazo.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.