O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) vem se utilizando de novas maneiras para diminuir os prazos de espera dos beneficiários. Uma dessas medidas é a utilização de uma inteligência artificial para analisar os pedidos.
Um dos maiores problemas enfrentados pelos segurados da Previdência Social é o tempo de espera para receber seus direitos. Essa vem se tornando uma das preocupações mais sérias do INSS. Pois a verba solicitada pelo trabalhador, muitas vezes é necessária para sua sobrevivência.
O prazo inicial acertado para o tempo de espera de resolução de um benefício era de 45 dias. Porém, pela falta de servidores para realizar o processo, alguns casos chegam a aguardar mais de um ano na fila. Essa dificuldade, somada ao grande número de solicitações, criou um gargalo na Previdência Social.
Em maio, foi implementada essa tecnologia que busca agilizar a análise dos documentos e acelerar o sistema. Independente do resultado previsto para o pedido, o robô consegue realizar essa revisão e os cálculos necessários de forma mais rápida.
Porém, para se beneficiar desta rapidez, o contribuinte tem que estar bem planejado. Organizar previamente a solicitação e ter os documentos em uma boa condição podem ajudar bastante. Caso seja verificado que tudo está de acordo com os requisitos, a aprovação pode acontecer instantaneamente.
O número de casos que ainda tem o benefício negado pela inteligência artificial é alto. De cada 200 mil aposentadorias solicitadas ao INSS, apenas 50 mil são concedidas automaticamente. Isso acontece por dois fatores principais.
O primeiro é o do robô não conseguir ainda identificar detalhes de adições de pagamento ou tempo de contribuição. E por isso, alguns cálculos não fecham no sistema. O segundo fator é ligado ao próprio trabalhador. Muitas vezes, o preenchimento dos dados e da documentação solicitada é feito de maneira incorreta.
Transferência de solicitações do INSS
A diminuição do número de pedidos de benefício do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) tem sido considerada positiva. Com o incremento da tecnologia, os processos têm tido a análise inicial mais rapidamente.
Porém, o alto índice de reprovação nos pedidos tem gerado uma transferência na fila. Como muitos casos cabe recurso, já que podem ser um erro de sistema da inteligência artificial, os requerentes têm que passar por outro processo. Neste caso, uma solicitação de revisão é feita.
Quando um contribuinte tem o pedido negado e entra com o recurso, o caso vai para outro órgão. No Conselho de Recursos da Previdência Social (CRPS) é realizada uma nova análise do pedido e da documentação apresentada pelo segurado do INSS.
Acontece que, como esse órgão não era tão solicitado anteriormente, suas filas tendem a ser ainda maiores. A rapidez da tecnologia implantada tem aumentado o fluxo de pedidos levados ao CRPS. E como esse órgão é mais específico para pedidos negados, ele não tem tantos servidores.
Para não precisar passar por um processo ainda mais demorado, é muito importante que o contribuinte esteja atento ao seu pedido. É fundamental planejar e estudar os critérios do INSS para que seu pedido seja aceito de forma rápida. E com isso, muito tempo pode ser economizado pelo segurado.