O que são as contas remuneradas? Como elas funcionam? É seguro?

Pontos-chave
  • As contas remuneradas podem oferecer rendimento acima da poupança;
  • As condições de oferta variam conforme as instituições financeiras;
  • Essas instituições precisam seguir regras do Banco Central para operar.

Cada vez mais, as pessoas vêm se interessando pelas contas remuneradas. Muitos são atraídos pela oferta de rendimentos enquanto o dinheiro fica depositado nessa conta. No mercado financeiro, os interessados podem encontrar opções que rendam acima da poupança.

FDR Responde: o que são as contas remuneradas? Como elas funcionam? É seguro?
FDR Responde: o que são as contas remuneradas? Como elas funcionam? É seguro? (Imagem: Montagem/FDR)

Anteriormente, o modo mais conhecido de contas remuneradas era a conta poupança. Contudo, ao longo do tempo, diversas novas instituições financeiras entraram no mercado financeiro e passaram a oferecer opções mais atrativas.

Com o aumento da concorrência, com a adesão de fintechs e bancos digitais nesse mercado, houve um crescimento da oferta dessas contas remuneradas.

O que são as contas remuneradas?

As contas remuneradas são um tipo de conta corrente. Apesar disso, em comparação às contas tradicionais, essas contas se diferenciam pelo rendimento do dinheiro enquanto estiver lá.

No mercado, existem diversas contas remuneradas com rendimento acima da poupança. A porcentagem de rendimento pode variar entre as instituições que oferecem a modalidade.

Além disso, cabe destacar que os interessados podem encontrar contas remuneradas com rendimento diário. Já na poupança, o retorno acontece somente após o depósito completar um mês aplicado.

Como as contas remuneradas funcionam?

Por meio dos valores depositados pelos clientes em contas remuneradas, as instituições financeiras realizam aplicação em algum produto de investimentos.

Essas aplicações podem ser em ativos de renda fixa, como Certificados de Depósito Bancário (CDBs) e Recibos de Depósito Bancário (RDBs). Essas duas opções são modos de investimento em que o cliente empresta valores para o banco.

Ao ter acesso às quantias, a instituição aloca em um investimento do Banco Central com rentabilidade diária a um valor parecido ao da taxa básica de juros, a Selic. Como resultado, os juros obtidos são retornados ao cliente da conta remunerada.

A taxa Selic tem um valor próximo ao do CDI. Sendo assim, quando alguma instituição financeira oferece uma conta remunerada que rende 100% do CDI, por exemplo, significa que o retorno ao cliente será quase o mesmo da taxa Selic na ocasião.

Por um lado, é possível encontrar opções com uma rentabilidade fixa diariamente — sem a exigência de um período mínimo de dinheiro depositado.

Já por outro, também há instituições que rendem uma porcentagem menor até um determinado período — e a rentabilidade maior passa a valer somente se a pessoa deixar o dinheiro depositado após esse período mínimo.

Valores depositados em contas remuneradas sofrem tributação

Outro ponto a ser considerado é a tributação, já que as contas remuneradas possuem incidência de Imposto de Renda — direto na fonte — e Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Com relação ao Imposto de Renda, as alíquotas são aplicadas de modo regressivo, de acordo com o tempo de alocação dos valores. Ou seja, se o cliente deixa o dinheiro parado por mais tempo, a cobrança de IR tende a ser menor.

No caso do IOF, também existe uma tabela regressiva, que ocorre nos primeiros 30 dias depois da alocação. A porcentagem pode chegar a zero no 30º dia. Ainda cabe destacar que algumas instituições não cobram esse imposto do cliente.

As contas remuneradas são uma forma de obter retorno com liquidez diária
As contas remuneradas são uma forma de obter retorno com liquidez diária (Imagem: FDR)

As contas remuneradas são seguras?

Para que as instituições financeiras possam operar normalmente, dependem de regulação por parte do Banco Central. Sendo assim, essas empresas precisam seguir um conjunto de regras — o que pode garantir mais segurança aos clientes.

Por conta disso, vale pesquisar se a instituição de interesse tem a autorização para a oferta do produto oferecido.

Outro ponto a ser ressaltado é que, no caso das instituições que investem os valores depositados pelos clientes em CDBs e RDBs, há uma proteção pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) de até R$ 250 mil por CPF.

No caso de instituições que alocam o saldo das contas remuneradas em títulos públicos — que são negociados via Tesouro Direto — existe a garantia pelo Tesouro Direto. Contudo, não há cobertura do FGC.

Apesar disso, é importante que os interessados em usar contas remuneradas verifiquem a credibilidade das instituições financeiras que oferecem o produto. Dessa forma, será possível reduzir possíveis riscos futuros.

Além disso, como citado anteriormente, as pessoas devem observar quais são as condições estabelecidas previamente pela companhia de interesse.

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Silvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.