ELEIÇÕES 2022: Bolsonaro promete bloqueio no preço dos combustíveis

No dia 30 de outubro acontece o segundo turno das eleições 2022. A disputa presidencial será acirrada entre Lula e Bolsonaro. E após o atual presidente ficar em segundo lugar na primeira etapa do pleito, várias promessas e tratativas têm sido feitas na tentativa de angariar votos. Uma delas é o bloqueio no preço dos combustíveis

ELEIÇÕES 2022: Bolsonaro promete bloqueio no preço dos combustíveis
ELEIÇÕES 2022: Bolsonaro promete bloqueio no preço dos combustíveis. (Imagem: FDR)

Nos últimos dias, o Governo Bolsonaro começou a pressionar a Petrobras para conter o aumento no preço dos combustíveis até o segundo turno das eleições 2022.

O pedido de Bolsonaro ignora completamente o atual cenário internacional que indica uma ampliação da defasagem entre o preço do petróleo e os valores praticados em território brasileiro. 

A queda na cotação do petróleo no decorrer dos últimos meses foi primordial para a estratégia de Bolsonaro refletida em anúncios quase semanais sobre a redução no preço dos combustíveis como a gasolina, o diesel e o gás de cozinha. Estes anúncios foram amplamente divulgados durante a campanha do presidenciável, conquistando o apoio de motoristas profissionais. 

Mais tarde, a queda no preço dos combustíveis foi associada à concessão de auxílios direcionados a taxistas e caminhoneiros, principais cidadãos afetados pela alta do diesel e da gasolina.

Entretanto, nos últimos dias, a pressão por um novo reajuste se intensificou, considerando que o preço internacional do petróleo começou a subir exponencialmente.

Neste sentido, a Opep, grupo formado pelos principais países produtores de petróleo de todo o mundo, comunicou o corte na produção com efeito imediato nos preços. Desta forma, analistas estimam que, durante as próximas semanas, o barril de petróleo pode ultrapassar a casa dos US$ 110

Histórico de queda no preço dos combustíveis

Na transação do mês de agosto para setembro, o preço da gasolina teve um recuo na margem de 8,35%. A queda está relacionada à redução promovida pela Petrobras nas refinarias no último dia 2 de setembro.

Esta já é a quarta redução no preço da gasolina desde o mês de julho e a 12ª queda consecutiva no litro da gasolina no prazo de um ano. Dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) indicam que o preço médio do combustível caiu de R$ 5,04 para R$ 4,97, representando uma queda de 1,39%

Foi a primeira vez no ano que o litro da gasolina ficou abaixo de R$ 5. Segundo a ANP, a última vez em que o preço do combustível atingiu esta marca foi em fevereiro de 2021. O percentual mantém o menor patamar desde a semana concluída em 20 de fevereiro de 2021, quando o litro era vendido a R$ 4,917

Em contrapartida, o valor máximo encontrado em alguns postos foi de R$ 6,99. Em um período inferior a três meses, o preço da gasolina teve uma queda de 19,2% nas refinarias. Durante o momento de pico, no dia 18 de junho, o combustível chegou a R$ 4,06. Esses são os valores iniciais da cadeia produtiva da gasolina.

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Laura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.