Muito se fala sobre voto útil às vésperas das eleições 2022 e como ele pode ser decisivo na escolha do que se acredita ser o “candidato ideal”. Faltando menos de uma semana para o primeiro turno, a nova estratégia política para conquistar o apoio dos eleitores é convencê-los a votar em quem tem mais chances de vencer essa disputa.
Daí surgiu o termo “voto útil”, cada vez mais presente em debates políticos na reta final das eleições 2022 que, entre os cargos, elegerá o futuro líder do país pelos próximos quatro anos. A disputa para a presidência da República tem sido representada fortemente por Lula e Bolsonaro. Pouco atrás vem Ciro Gomes, compondo o pódio de destaque.
O ex-presidente petista e o atual chefe do Executivo Federal, Lula e Bolsonaro, lideram as pesquisas de intenção de voto. Ambos também representam extremas esquerda e direita, responsáveis por dividir opiniões por todo o Brasil e pautando a necessidade de os eleitores considerarem o voto útil para conceder o poder a quem, de fato, pode promover melhorias ao país.
O voto útil defendido nas eleições 2022 é, basicamente, quando o eleitor vota em um candidato que não seria, necessariamente, a primeira opção, com o objetivo de determinar os resultados eleitorais.
A estratégia é defendida pelo ex-presidente Lula que, embora reúna um palanque considerável de apoiadores, ainda enfrenta grande rejeição devido ao histórico de corrupção dos anos em que o PT esteve no poder.
Prós e contras do voto útil nas eleições 2022
Argumentos favoráveis ao voto útil
Entre os argumentos favoráveis ao voto útil está o de que, um eleitor do Ciro Gomes e Simone Tebet, por exemplo, desperdiçaria o voto nas eleições 2022 devido às chances extremamente reduzidas destes candidatos em relação a Lula e Bolsonaro. Em tese, seria como “jogar o voto no lixo”.
Especialistas ponderam que, uma eventual vitória de Lula no primeiro turno, seria capaz de dar menos razões para Bolsonaro gerar dúvidas quanto à eficácia e segurança das urnas eletrônicas, uma vez que a escolha imediata do presidente, aconteceria junto a milhares de parlamentares. Em contrapartida, um eventual segundo turno limitaria a decisão a somente dois candidatos, salvo a exceção de disputas estaduais.
Argumentos contrários ao voto útil
Enquanto isso, cientistas políticos argumentam que o voto útil é um apelo que contraria a ideia de democracia. O ato evidencia o voto ideológico e fiel ao candidato de escolha, enfraquecimento da cadeia de propostas desse político caso o percentual de votos não seja significativo.