- Salário mínimo, Previdência e benefícios do INSS foram trazidos pelos candidatos à presidência do país;
- Três dos quatro principais candidatos se posicionaram sobre o assunto;
- Milhares de pessoas podem ser atingidas com essa informação.
Diferente do que foi possível perceber durante a campanha eleitoral em 2018, dessa vez os candidatos à presidência do país não têm focado na reforma da Previdência Social. O movimento que pode mexer com benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), não tem sido levantado durante entrevistados ou debates com os nomes políticos.
A análise foi feita pela Folha de S. Paulo, que procurou informações sobre uma possível reforma no INSS no plano de governo dos quatro principais candidatos ás eleições 2022. São eles: Luís Inácio Lula da Silva (PT), Jair Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB). Além disso, enviou um questionamento formal solicitando informações sobre Previdência, INSS e o salário mínimo.
Dos quatro candidatos procurados pela Folha, três enviaram uma resposta, são eles: Lula, Ciro e Simone. Apenas a equipe do presidente Jair Bolsonaro disse que não falaria sobre o assunto. Por isso, esta matéria que tem como referência a reportagem original da Folha, não deve conter informações de plano de governo do atual chefe da União sobre o INSS.
Para conferir o plano de governo Bolsonaro, acesse esse link.
Lula defende novo salário mínimo e mudanças no INSS
Promessa de campanha do candidato petista, a valorização do salário mínimo tem sido frequentemente falada. A ideia é resgatar o mesmo cálculo que já era usado na época de governo do PT, garantindo que o valor fique acima da inflação. Para isso, pretende usar o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos anteriores.
Automaticamente, esta mudança no salário mínimo vai impactar os benefícios pagos pelo INSS. Como pensões, aposentadorias e o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Motivo que levou especialistas a criticarem a ideia de aumentar o valor do piso salarial.
“Evidentemente, o aumento real do salário mínimo impacta as despesas do governo. Mas, como já demonstramos no passado recente, como parte de uma estratégia geral para a economia, com responsabilidade fiscal, essa deve ser uma forma adequada de induzir o crescimento do mercado interno e, portanto, das receitas“, diz a defesa de Lula.
O candidato também informou o interesse em alterar algumas medidas trazidas com a reforma da Previdência. Por exemplo, revendo a idade mínima na aposentadoria e os redutores da pensão por morte.
Ciro quer nova reforma na Previdência
Embora seu plano de governo não traga informações específicas sobre o INSS, a equipe de Ciro Gomes informou à Folha de S. Paulo o desejo de trazer uma nova política de valorização do salário mínimo. Além de trazer a possibilidade de uma nova reforma da Previdência Social.
“Não definimos ainda os percentuais ou a regra de reajuste, mas queremos que o salário mínimo atinja o valor de R$ 1.600 o mais breve possível“, disse o plano de Ciro sobre o salário.
Sobre a Previdência, o desejo do plano de Ciro é de dividir o sistema previdenciário em três pilares. Pagando mínimo de R$ 1 mil para brasileiros que vivem na linha da pobreza, mantendo a aposentadoria nas regras atuais, e criando uma espécie de previdência privada de forma voluntária.
“As novas regras se aplicarão apenas a quem começar a trabalhar após aprovada a reforma. Desse modo, conseguiremos equilibrar as contas da Previdência a médio prazo sem gerar pressões futuras que ocorrerão indubitavelmente no atual regime“, afirma.
Simone propõe novidades nos benefícios do INSS
Como senadora, Simone Tebet foi favorável ao texto da reforma da Previdência. Ela defende em seu plano de governo para presidente o reajuste do salário mínimo, baseados “pelo menos na inflação”. Ela também propõe reduzir a contribuição previdenciária para a faixa de um salário mínimo para todos os trabalhadores.
Foi admitido o interesse em “aprofundar” o que já foi feito com a reforma para aposentadorias e para a pensão por morte, nas sem “retroceder” no que já foi alcançado. O seu plano também informa que: “A candidata não pretende rever a regra, que está em consonância com a direção geral da reforma, de redução das disparidades”.
