Cinco meses após sofrer reajuste, a Petrobras anunciou uma nova diminuição do preço do gás de cozinha (GLP) para esta semana. A diminuição de R$ 0,20 no quilo do gás será repassada diretamente para as distribuidoras e pode se converter em um desconto de R$2,60 no preço do botijão para o consumidor final.
A medida reduz o preço em 4,7% e foi uma escolha da própria empresa para manter-se dentro dos preços utilizados como referência e evitar repassar ao cliente final a mudança constante nos preços pela volatilidade das taxas de câmbio.
A última alteração no preço desse combustível, tão presente nas casas brasileiras, aconteceu em abril deste ano, quando o preço médio do botijão caiu R$3,27 e o produto de 13 quilos passou a ser vendido por cerca de R$54,94.
Preço do gás de cozinha na contramão da inflação
O setor alimentício da população brasileira vem sofrendo com mudanças constantes no preço dos itens mais básicos. Desde o leite até o botijão de gás, essencial para a produção dos alimentos na maior parte dos lares do país.
Essas mudanças são repassadas constantemente ao preço final, impactando o bolso do consumidor, que acaba por ter que deixar alguns produtos comuns na prateleira do supermercado e escolhendo opções cada vez menos saudáveis.
Esse reajuste, causado pela inflação, costuma chegar ao comprador de maneira muito agressiva, são preços que cresceram 25%, 70% ou até 100% em alguns meses. A escolha da Petrobrás em diminuir o valor do gás de cozinha é um pequeno alívio frente a todos os outros aumentos que afetam principalmente as famílias com renda mais baixa.
Acesso ao Auxílio Gás
O programa do Governo Federal que distribuía, em meses alternados, o valor de meio botijão por família teve que dobrar seu valor nos últimos meses para auxiliar na situação de grupos mais vulneráveis. O valor foi de R$53 para R$110, acompanhando os reajustes.
Esse programa contempla mais de 5,5 milhões de beneficiários que estão cadastrados no CadÚnico e tem uma renda familiar per capita menor ou igual a meio salário mínimo. E pode ser acumulado com outros auxílios do governo, contando que a renda não passe do limite estipulado.