A suplência de senador é um atalho para quem quer chegar ao poder, sem precisar passar pelas urnas. Com isso, muitos políticos recebem propostas milionárias para destinarem o cargo aos solicitantes. Nas Eleições 2022 não está sendo diferente e casos desse tipo continuam acontecendo.
Atualmente, 18 suplentes, ou seja, mais de 20% da bancada, estão exercendo mandato em uma das posições mais importantes na política nacional. Diante disso, a escolha do suplente é muito importante para as Eleições 2022.
Um dos casos mais famosos de vida política como suplente é do atual senador Luiz Osvaldo Pastore (MDB). Pastore é empresário do ramo de mineração e dono de um patrimônio declarado de R$ 450 milhões.
Porém, há cerca de duas décadas segue uma vida política, sem nunca ter disputado uma eleição. Agora, Pastore se prepara para disputar o terceiro mandato, como suplente da ex-ministra Flávia Arruda (PL-DF) e candidata ao Senado Federal pelo Distrito Federal.
Aos 73 anos, nasceu em São Paulo, onde reside atualmente. Porém, no Congresso Nacional representa o Espírito Santo ao assumir, em junho, o lugar da senadora Rose de Freitas (MDB-ES).
Com isso, Pastore atua como membro de duas das mais poderosas comissões do Congresso Nacional. Nas comissões de Economia e de Justiça tramitam propostas de emendas constitucionais e os principais e mais importantes projetos de lei do Parlamento.
Escolha de Pastore nas Eleições 2022
Prestes a se tornar o suplente mais longevo da história, Pastore foi questionado como Flávia Arruda o escolheu como substituto. Segundo ele, “Eu fui na Flávia e disse: sou um suplente, já fui suplente, tenho experiência na suplência. Me chamam até de suplente profissional”, explicou a VEJA.
Já a candidata ao Senado Federal se limitou a dizer: “Pergunta pra ele”. O curioso é que o suplente é o principal doador da campanha da ex-ministra, contribuindo com R$ 380.000.
Compra de suplência nas Eleições 2022
Um candidato ao Senado relatou a VEJA que um empresário rico e famoso do seu estado o procurou. Na época faltavam poucos dias para o fim do prazo de registro oficial das candidaturas junto à Justiça Eleitoral.
Sem nenhum “rodeio”, o empresário ofereceu R$ 10 milhões pela vaga de suplente. A quantia poderia ser usada para cobrir os gastos da campanha ou para qualquer outra coisa, a critério do político.