Em agosto, os investidores seguiram demonstrando cautela em relação aos ativos mais arriscados. Segundo levantamento realizado pela XP, de todos os clientes de assessores de investimento da corretora, 66% possuem uma alocação pequena — entre 0% e 25% — em renda variável.
A pesquisa da XP também mostra que 26% dos clientes de assessores de investimento possuem entre 25% e 50% de alocação em renda variável. Ainda há 7% com aplicação entre 50% e 75%; e 2% entre 75% e 100% nos ativos mais arriscados.
Entre os assessores da corretora, 23% informaram que seus clientes pretendem reduzir a alocação em renda variável. Com relação aos que usuários pretendem aumentar a aplicação, o percentual chega a 17 %. Outros 60% planejam manter a alocação.
Além da renda variável, as classes de ativos que os assessores e clientes da XP demonstraram maior interesse foram: Tesouro Direto e renda fixa (72%), fundos imobiliários (65%), fundos de renda fixa (63%), fundos multimercado (56%), investimentos internacionais (20%) e fundos de renda variável (18%).
Em agosto, a corretora informa que o grande interesse na renda fixa continuou se destacando. A casa explica que essa classe de investimento segue oferecendo um retorno atrativo para os investidores. Isso acontece devido ao aumento da taxa básica de juros da economia, a Selic.
Desde março do ano passado, a taxa de juros saldou da mínima histórica — de 2% ao ano — para os atuais 13,75% ao ano. O Banco Central já elevou o indicador por doze vezes consecutivas. Para controlar a inflação persistente, a XP alega que a Selic deve continuar a elevar mais.
Cautela com renda variável tem relação com eleições 2022
Ao considerar os riscos, o levantamento da XP destaca as eleições presidenciais — chegando a 32%. Atualmente, Luiz Inácio Lula da Silva vem liderando as pesquisas eleitorais, seguido por Jair Bolsonaro.
A segunda maior preocupação dos investidores tem relação com a desaceleração econômica (25%). Em seguida, aparece os riscos fiscais (19%).
Já ao considerar os propulsores da bolsa de valores, no entendimento dos assessores, estes são os maiores: resultado das eleições presidenciais (39%), cenário econômico brasileiro (37%) e cenário econômico (23%).
Segundo a corretora, “esses resultados mostram que os assessores já estão mais atentos ao cenário interno à medida que começamos a entrar em um período eleitoral”.
Confira a calculadora de investimentos do FDR: