Nesta quinta-feira (1º), o ministro da Economia, Paulo Guedes, comemorou o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre. Segundo ele, a economia segue elevando mesmo com o “freio de mão puxado”, se referindo ao aumento da taxa básica de juros, a Selic.
Segundo Paulo Guedes, “o Brasil está voando, está seguro, está firme”. A declaração foi realizada na abertura da 10ª edição da Feira do Empreendedor, no Rio de Janeiro.
No entendimento de Paulo Guedes, o PIB poderia estar crescendo entre 3,5% a 4% se não fosse o ciclo de aperto monetário promovido pelo Banco Central. Como forma de controlar a escalada da inflação, a autoridade monetária vem elevando a Selic, que está em 13,75% ao ano.
Apesar disso, Paulo Guedes prevê um cenário melhor para o próximo ano. Conforme ele, “olhando para frente, para o ano que vem, é inflação em baixa e os juros descendo”.
Paulo Guedes alegou que o governo trocou o eixo e foi “em direção ao setor privado”. Segundo ele, o resultado só foi surpreendente “para quem está pensando no modelo antigo, de que o crescimento virá do setor público”.
Paulo Guedes afirma que Brasil cresceu no semestre o previsto para o ano
Paulo Guedes também citou que, no primeiro semestre, o Brasil cresceu o previsto para todo o ano. Conforme ele, “se não crescer nada daqui até o fim do ano, já tem um crescimento de 2,5%”.
Segundo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB brasileiro cresceu 1,2% no segundo trimestre. Com isso, o Brasil acumula uma alta de 2.5% no primeiro semestre.
Pelo quarto trimestre consecutivo, o PIB registrou alta. Em valores correntes, a economia chegou a R$ 2,404 trilhões entre abril e junho. O resultado trimestral, inclusive, ficou acima do previsto pelo mercado.
Diante do resultado recente, a atividade econômica brasileira está 3% melhor do que o patamar pré-pandemia — que foi apresentado no quarto trimestre de 2019. A elevação econômica no trimestre foi puxada pelo crescimento de 1,3% do setor de serviços. Na indústria, houve alta de 2,2%.
Paulo Guedes atribuiu a melhora econômica às reformas estruturais que foram aprovadas pelo governo. Entre estas, foram comentadas as melhoras do setor de telecomunicações e elétrico — além de reforma da previdência, saneamento básico e independência do Banco Central.