O mercado financeiro melhorou a previsão de aumento dos preços para este ano. As estimativas de inflação para 2022 caiu de 6,82% para 6,70%. As perspectivas fazem parte do boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (29) pelo Banco Central.
Pela nova vez consecutiva, os economistas reduziram a previsão de inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) para este ano. A nova revisão dos preços acompanha a redução de impostos sobre itens considerados fundamentais, como energia elétrica e combustíveis.
No final de junho, o presidente Jair Bolsonaro sancionou um projeto que define um teto para o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre diversos bens. Devido a essa medida, os estados passaram a cobrar uma alíquota menor do imposto sobre os respectivos itens.
Em meio a isso, de acordo com a prévia da inflação de agosto — medida pelo IPCA-15 — os preços registraram queda de 0,73%. Esta foi a menor taxa da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No entanto, a atual previsão de elevação dos preços segue acima da meta para este ano, estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para 2022, o centro da meta de inflação é de 3,5% — podendo oscilar 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Previsão de aumento dos preços para 2023
Para o próximo ano, os economistas também reduziram a estimativa de aumento dos preços, de 5,33% para 5,30%. Esta foi a segunda revisão para baixo relativa a 2023.
Ainda assim, a perspectiva mais recente segue acima do centro da meta de inflação, de 3,25% — com a mesma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.
Previsão do mercado para os juros
Os economistas mantiveram a previsão para a taxa básica de juros, a Selic, para 2022. A estimativa é que o indicador encerre este ano em 13,75%.
Para 2023, o mercado também manteve a previsão relativa à taxa básica de juros. Há a perspectiva que a Selic finalize o próximo ano em 11%. Ou seja, a estimativa é que a taxa de juros caia ao longo dos próximos meses.
A taxa Selic é o principal instrumento usado pelo Banco Central para controlar a inflação. Como forma de conter a elevação dos preços registrada nos últimos meses, a autoridade monetária já elevou a taxa de juros por doze vezes consecutivas. Atualmente, a Selic está em 13,75% ao ano.
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