A corrida dos candidatos para as eleições 2022 estão com força total após o início do período oficial de campanhas políticas. O investimento dos candidatos à presidência da República foi alto, tendo sido distribuído individualmente de acordo com as respectivas prioridades.
O valor de campanha usado por cada candidato à presidência nas eleições 2022, foi definido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a partir do Fundo Eleitoral. Na oportunidade, o tribunal explicou que este fundo é público e destinado exclusivamente ao financiamento das tratativas dos candidatos.
Oficialmente intitulado de Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), o fundo foi responsável por um feito inédito nas eleições 2022. Neste ano, foi concedido o montante de R$ 4,97 bilhões, distribuídos entre 32 partidos do Brasil.
A divisão do investimento da campanha para as eleições 2022 entre partidos leva em consideração as proporções da bancada de cada sigla no Congresso Nacional. E não é só isso, a distribuição também abrange o desempenho individual de cada candidato nas últimas eleições presidenciais.
O União Brasil, por exemplo, partido oriundo da fusão entre o DEM e PSL, será contemplado por uma quantia maior, de aproximadamente R$ 782 milhões. Em segundo lugar está o PT, com R$ 503 milhões. A lista segue desta forma:
- União – R$ 782 milhões;
- PT – R$ 503 milhões;
- MDB – R$ 363 milhões;
- PSD – R$ 348 milhões;
- PP – R$ 344 milhões;
- PSDB – R$ 320 milhões.
Em contrapartida, outros seis partidos serão beneficiados pela verba de R$ 3,1 milhões. São eles: PCB, PCO, PMB,PRTB, PSTU e UP.
Investimento da campanha para as eleições 2022
Até o presente momento, o ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, foi o candidato com o maior investimento proveniente do Fundo Eleitoral brasileiro. Inclusive, o partido repassou o montante de R$ 66,7 milhões para a campanha do candidato à presidência.
O atual presidente, Jair Bolsonaro, maior concorrente e rival de Lula se tratando das intenções de voto, recebeu R$ 5 milhões da verba pública. Por ora, os partidos tiveram acesso a apenas 15% dos quase R$ 5 bilhões reservados às campanhas eleitorais.
Se somadas as arrecadações do Fundo Eleitoral com as dos fundos partidários, as 10 campanhas que mais receberam dinheiro até o momento são:
- Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – R$ 66,7 milhões – (Presidente);
- Alexandre Kalil (PSDB) – R$ 16 milhões – (Governador-MG);
- Fernando Haddad (PT) – R$ 14,7 milhões – (Governador-SP);
- Marcelo Freixo (PSB) – R$ 8,8 milhões – (Governador-RJ);
- Onyx Lorenzoni (PL) – R$ 6 milhões – (Governador-RS);
- Danilo Cabral (PSB) – R$ 5,6 milhões – (Governador-PE);
- Fátima Bezerra (PT) – R$ 5,2 milhões – (Governadora-RN);
- Carlos Brandão (PSB) – R$ 5 milhões – (Governador-MT);
- Jair Bolsonaro (PL) – R$ 5 milhões – (Presidente);
- Simone Tebet (MDB) – R$ 5 milhões – (Presidente).
Além do Fundo Eleitoral e do fundo partidário, os candidatos também podem receber doações de pessoas físicas e também podem investir recursos próprios em suas campanhas.