Produtos e serviços vão ficar mais CAROS nos próximos anos? Mercado faz NOVA projeção

O mercado reduziu a previsão de aumento dos produtos e serviços para 2022 e 2023. Para este ano, os economistas cortaram a perspectiva pela oitava vez seguida. Já para o próximo, foi a primeira revisão em 19 semanas. As estimativas integram o boletim Focus, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (22).

Produtos e serviços vão ficar mais CAROS nos próximos anos? Mercado faz NOVA projeção
Produtos e serviços vão ficar mais CAROS nos próximos anos? Mercado faz NOVA projeção (Imagem: Montagem/FDR)

Para este ano, os economistas diminuíram a previsão de aumento da inflação de 7,02% para 6,82%. Pela primeira vez, desde abril, que o mercado citou que o aumento dos preços de produtos e serviços deve ficar abaixo de 7% no final de 2022.

Apesar da oitava diminuição consecutiva, a estimativa segue acima da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O centro da meta de inflação para este ano é de 3,5% — com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

No acumulado neste ano, a inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), está em 4,77%. Já nos últimos 12 meses até julho, o aumento dos preços ao consumidor chega a 10,07%.

Previsão de aumentos dos produtos e serviços para 2023

Para o próximo ano, os agentes do mercado cortaram a estimativa de inflação de 5,38% para 5,33%. Nas 19 previsões anteriores, os economistas tinham apontado uma alta nos preços de produtos e serviços.

Mesmo com a previsão mais otimista, ainda continua acima da meta de inflação para 2023. Para o próximo ano, a meta central é de 3,25% — com a mesma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.

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Brasil registra a primeira deflação mensal em 2 anos

Em julho, o país registrou queda de 0,68% nos preços de produtos e serviços. Esta foi a primeira deflação nos últimos 26 meses. Além disso, este foi o menor IPCA da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A redução do índice acontece, especialmente, por conta da queda dos preços dos combustíveis e energia elétrica. No mês, os valores da gasolina reduziram 15,48%. Já os preços do etanol caíram 11,38% no período.

O corte nos preços — e também nas previsões — acompanham a redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (IPCA) sobre itens como combustíveis e energia elétrica.

No final de junho, o presidente Jair Bolsonaro sancionou uma medida que considera estes itens como essenciais. Devido a isso, os estados não podem cobrar uma taxa acima da alíquota geral do imposto. Anteriormente, estes itens eram considerados supérfluos, e tinham uma alíquota maior.

Silvio SuehiroSilvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.
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