O cuidado com as finanças é uma atitude que deve ser incentivada desde a infância. A falta desse conhecimento gera ansiedade ou depressão diante de uma crise na fase adulta. Esse fato causa medo entre as pessoas, que preferem adiar decisões sobre dinheiro.
Falar sobre dinheiro é encarado, por muitas famílias, como um tabu. Com isso, as crianças se tornam jovens e adultos sem noção de finanças pessoais. Assim, ficam com medo de administrar e tomar decisões ruins.
Esse medo é tanto que pode gerar transtorno de ansiedade, depressão ou Burnout. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Locomotiva, 39% das pessoas adiam decisões financeiras com medo do orçamento.
A ansiedade é gerada pelo medo de não ter dinheiro para pagar as contas. Com isso, muitos passam a aumentar a carga de trabalho, a fim de garantir “grana extra”. Porém, viver assim, gera esgotamento físico e mental, levando ao desenvolvimento de doenças.
Medo de ficar sem dinheiro acaba com o autocuidado
O excesso de trabalho leva a pessoa a diminuir o tempo para o autocuidado. Assim, não tem mais horário para comer ou para o lazer e atividade física. Nesse cenário, a recompensa financeira não gera a calma esperada, criando frustração.
O medo de ficar sem dinheiro também leva o trabalhador a deixar de realizar atividades prazerosas, muitas vezes, sociais. Assim, acabam preferindo o isolamento para evitar novas despesas. Esse cenário contribui para o aparecimento de doenças psíquicas.
Para piorar, a ansiedade pode ultrapassar os sintomas emocionais e gerar sinais físicos. Assim, é comum sintomas como respiração ofegante, tontura, sudorese, dificuldades para dormir, dores de barriga e aumento da frequência cardíaca.
O aumento excessivo da insegurança financeira pode desencadear uma espécie de fobia. Nesses casos, as pessoas não se sentem confortáveis verificando suas contas bancárias ou não comentam nenhum tipo de informação financeira.
“Às vezes, a pessoa pode nem ter uma situação ruim financeiramente e ela nem sabe por causa do pavor. A pessoa pode ter deixado tudo no débito automático, pode ser que nem exista o ‘monstro’ e ela não saiba identificar o medo”, afirma Andreia Fernanda, especialista em psicologia econômica pela PUC-SP.