No próximo domingo (14) o país comemora o Dia dos Pais, importante data para o comércio. Embora não tenha o mesmo sucesso de vendas comparado ao Dia das Mães e ao Natal, as expectativas é que o Auxílio Brasil de R$ 600 ajude a movimentar o mercado. Acredita-se em um crescimento de 5,3% nas vendas do varejo em relação a 2021.
Considerando que milhares de famílias são formadas por mães solteiras, o Dia dos Pais não tem o mesmo sucesso de vendas do que o Dia das Mães. No entanto, a data será comemorada entre as duas semanas de repasse do Auxílio Brasil de R$ 600, o que tem animado o setor varejista do país.
A CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) acredita em uma movimentação de R$ 7,28 bilhões em vendas este ano. Superando inclusive as vendas realizadas no Dia das Mães (3,9%) e na Páscoa (2,2%).
As boas expectativas não estão ligadas somente ao adicional de R$ 200 do Auxílio Brasil que foi pago neste mês, mas aos outros incentivos financeiros e econômicos do país. A análise foi de Fabio Bentes, economista da CNC.
“Enfileirou-se uma série de estímulos ao consumo: teve liberação de FGTS, antecipação de INSS e agora o Auxílio Brasil turbinado. Isso vai jogar a favor das vendas, junto com outro fator, que é a redução da inflação, por conta da desoneração dos combustíveis“, disse Bentes.
Importância do Auxílio Brasil de R$ 600 para a economia
De acordo com o Ministério da Cidadania, 20,2 milhões de famílias receberão o Auxílio Brasil de R$ 600. Isso representa a inclusão de 2,2 milhões de famílias entre a passagem de julho para agosto. O que significa o investimento de R$ 12,1 bilhões para arcar com o benefício social.
A CNC acredita que além do Dia dos Pais a liberação de um valor maior do programa de transferência de renda vai movimentar ainda mais a economia do país. Considerando ainda que também está sendo feito o pagamento do vale gás de R$ 110 por três meses, e seis parcelas de R$ 1 mil no Auxílio Caminhoneiro e Auxílio Taxista.
Até o fim de 2022, este combo de benefícios deve injetar R$ 16,3 bilhões em vendas. A previsão total é de que R$ 34 bilhões sejam investidos em benefícios sociais, quando os setores de serviços e o pagamento de dívidas serão os maiores contemplados.
A pesquisa prevê que os recursos sejam destinados principalmente para: hiper e supermercados (R$ 5,53 bilhões), combustíveis e lubrificantes (R$ 3,03 bilhões) e tecido, vestuário e calçados (R$ 2,32 bilhões).