A crise no INEP ganhou mais um capítulo na manhã da última quarta-feira com o pedido de demissão do presidente do órgão. Essa é a quinta mudança que o instituto sofre no governo Bolsonaro; entenda o que levou Dupas a essa decisão.
Há quatro meses da aplicação das provas do Exame Nacional do Ensino Médio, o Instituto de Estudos e Pesquisas Educacionais sofreu mais uma baixa. Danilo Dupas pediu demissão do seu cargo de presidente do Inep, essa é a quinta alteração só no governo Bolsonaro.
O desligamento de Danilo Dupas pegou muito de surpresa, pois, sua gestão foi alvo, em 2021, de várias críticas por parte dos servidores. Muitos, inclusive, se demitiram, e ainda assim ele continuou à frente do instituto.
Mudança no Inep
O anunciou do desligamento do presidente foi feito pelo Ministro da Educação, Victor Godoy, que afirmou ser uma decisão por “motivos pessoais e pedido”.
“Agradeço [a Dupas] por todo o trabalho realizado nesse período, que trouxe avanços importantes para a autarquia”, escreveu Godoy em uma rede social.
Com a saída de Dupas, quem assume a presidência do INEP a partir da próxima segunda-feira, 1º, é Carlos Eduardo Moreno Sampaio.
Ele é um servidor bastante experiente, quase 40 anos de trabalho, e até então responsável pela diretoria de Estatísticas Educacionais.
Imediatamente após o anúncio da demissão de Danilo Dupas, uma pergunta se instalou na cabeça de centenas de brasileiros:
E o Enem 2022, como fica? Afinal, o exame é totalmente organizado pelo instituto.
Em um comunicado enviado pelo Inep à imprensa, o instituto garantiu a aplicação do exame sem prejuízos aos estudantes inscritos.
“Todos os processos estão sendo executados de forma segura e mudanças em cargos de confiança não causarão impactos nos planejamentos executados”, diz o comunicado.
Crise no INEP
Quando Bolsonaro assumiu o governo federal, quem ocupava o cargo era Maria Inês Fini, ela acabou sendo exonerada e foi iniciada uma “troca de cadeiras” no órgão. Antes de Dupas, foram nomeados Alexandre Lopes, Marcus Vinícius Rodrigues e Elmer Vicenzi.
A gestão de Dupas foi marcada por denúncias de assédio moral; pedido de demissão de 33 funcionários; atraso na contratação da empresa responsável pela aplicação do Enem e férias antes do prazo.
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