Em entrevista ao portal UOL, o candidato à presidência da República Luís Inácio Lula da Silva (PT), garantiu que se for eleito em outubro vai mudar a política de preços da Petrobras. Na ocasião, o ex-presidente ainda disse que fará algo que Jair Bolsonaro (PL) “não teve coragem”. A ideia é que essa mudança tenha o poder de diminuir o valor dos combustíveis.
Na entrevista, Lula sugeriu que haja a mudança na política que hoje é adotada pela Petrobras, chamada de Preço de Paridade de Importação (PPI). Inclusive este é um pedido feito por caminhoneiros e demais brasileiros. A ideia é que alterando essa política, a Petrobras consiga cobrar menos pelos combustíveis saindo das refinarias.
Lula aproveitou a ocasião para provocar seu oponente, o presidente Jair Bolsonaro. O candidato petista disse que o atual governante do país “não teve coragem” de fazer essa alteração na estatal para “agradar acionistas”. No entanto, o maior acionista da Petrobras é justamente a União.
“A gente pode reduzir o preço, sim, o presidente não teve coragem”, completou Lula.
Ainda sobre a administração da Petrobras, o candidato petista afirmou que o Brasil poderia ser “autossuficiente” na produção de derivados de petróleo.
“Um país que é autossuficiente em petróleo, que poderia estar exportando derivado, não tem capacidade de refinar a quantidade de consumo que nós precisamos (…) É uma vergonha“, defendeu o candidato.
E mostrou interesse em tornar a Petrobras “senão a primeira, a segunda maior empresa petroleira do mundo“.
Política de preços da Petrobras e a relação com Lula
A atual política de preços da Petrobras que usa o mercado internacional como referência para definir o valor do produto, começou a funcionar na época de governo de Michel Temer. Na ocasião, ele desfez a política que era adotada quando a administração do governo era de Dilma Rousseff (PT).
Por isso, Lula defende voltar a política de preços que era adotada na época do governo petista. Ele defende que a variação do dólar não influencie o preço final do produto. O argumento é que a população brasileira “ganha em real e gasta em real”.