‘Mulher da casa abandonada’ tem contas bloqueadas; confira o valor

Foi determinado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo o bloqueio de cerca de R$83 mil em duas contas bancárias de Margarida Maria Vicente de Azevedo Bonetti, mulher que ficou conhecida como a “mulher da casa abandonada. Esta decisão foi decorrente de uma dívida que ela possui com um condomínio que fica na avenida Angélica, área nobre da capital de São Paulo.

O condomínio ingressou na Justiça em 2015 contra a dona do imóvel por conta do não pagamento de uma multa. A multa foi aplicada após um parente de Margarida, que morava no prédio, ter sido visto riscando a parede do hall.

Isto gerou uma multa e o processo se arrasta na Justiça. No dia 25 de abril, os representantes do condomínio solicitaram R$7.800,30, valor que engloba a multa e o reembolso por gastos com a pintura do hall, juros, honorários advocatícios e custas do processo.

Por conta disso, a Justiça ordenou o bloqueio das contas bancárias da mulher. Será sacado o valor exigido pelo condomínio e o restante será devolvido para ela. 

Margarida ficou conhecida em todo o Brasil depois da veiculação do podcast da Folha de São Paulo que contou sua história. A mulher foi acusada de manter a empregada doméstica em condições análogas às da escravidão por cerca 20 anos nos Estados Unidos, no entanto saiu do país antes do julgamento.

A mulher, que aparece muito pouco, exibe seu rosto coberto por uma pomada branca. Margarida é herdeira de uma família tradicional de São Paulo e possui vários imóveis em nome do grupo. Mesmo em estado de degradação, sua mansão localizada em Higienópolis, é avaliada em cerca de R$ 15 milhões, possui 20 cômodos e mais de 500 m².

Segundo relatos que foram divulgados no podcast “A mulher da casa abandonada”, a  mulher que foi vítima de Margarida Bonetti, e que prefere não ser identificada, foi resgatada após denúncias feitas por uma vizinha. O podcast revelou ainda que a vítima tem 85 anos, ainda vive nos Estados Unidos, está bem de saúde e vive do dinheiro de uma indenização que recebeu após a conclusão do processo.

Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.