Foi divulgado pela APAS/Fipe, o Índice de Preços dos Supermercados (IPS) com alta de 1,33% em junho. No cálculo dos últimos doze meses o resultado é de 20,01%. O índice da inflação desacelerou, e pode ser explicado por alguns fatores. Entre eles, a mudança de hábitos das famílias ao fazer as compras de alimentos.
Uma das explicações para a diminuição da inflação pode ser explicada pelo baixo consumo nacional de determinados alimentos, e da dificuldade de exportação. Uma das reduções, por exemplo, é na compra de alimentos de origem animal, como carne vermelha e frango.
Devido ao aumento de preço de pelo menos 9% da carne bovina, a empresa Boltis, que analisa cupons fiscais dos supermercados, comparou o primeiro quadrimestre de 2022 e de 2021. Foi possível perceber que houve diminuição de 7% no consumo destes produtos.
Em contra partida, a Boltis mostrou que neste mesmo período o consumo de carme suína subiu 26%. Esta foi a opção encontrada pelos brasileiros como substituição a carne de boi, ao perceber que o produto contou com diminuição de 14% no preço entre o último ano e 2022.
No entanto, ao reduzir o consumo da carne bovina, o produto também apresentou queda. Algumas explicações para esses dados são: redução das exportações que aumentou a oferta nacional, e o aumento de animais abatidos, sendo 5,48% a mais que o mesmo período de 2021.
Aumento de alimentos básicos também é realidade
O aumento de custo da energia elétrica e das matérias-primas têm impactado diretamente o valor final de outros alimentos. Por exemplo, os produtos industrializados, e o leite que recebeu influencia da alta no preço da ração dos animais e da redução das pastagens por questões climáticas.
O leite subiu 9,12% do seu valor no mês de junho, enquanto o acumulado do ano mostra aumento de 41,45%. Outro ponto analisado é a diminuição na oferta de produtores locais.
A cadeia toda é afetada com essa redução. Aumentando os custos de produção da indústria, o valor repassado ao supermercado, e por fim o preço encontrado pelo consumidor nos supermercados.
As bebidas alcóolicas também sofreram aumento de 0,49% em junho. A alta em um ano foi de 7,89%. O destaque fica para cerveja que aumentou 0,58% no mês.