As vagas de trabalho voltaram a crescer no Brasil, após um período de recessão gerado pela pandemia de Covid-19. Os cargos que exigem menos escolaridade foram os que mais se destacaram na retomada da economia.
Diante da crise econômica vivida pelo Brasil nos últimos dois anos, a busca por vagas de trabalho tem sido a rotina de muitos brasileiros. Porém, nem todos os setores têm conseguido se recuperar.
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) realizou uma pesquisa para identificar as profissões que mais criaram vagas de trabalho. O levantamento analisou os dados oficiais do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência.
O período de análise corresponde aos últimos 12 meses até maio deste ano. De acordo com o levantamento da CNC, entre todas as profissões do país, faxineiro é a que mais abriu novas vagas de trabalho com carteira assinada no último ano.
No período de um ano, foram criados 163,4 mil novos postos de trabalho para faxineiro. Esse número corresponde a 6,15% de todas as vagas geradas no Brasil com carteira assinada.
Ao todo, o país gerou 2,66 milhões de novos empregos no último ano. De acordo com a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) existem 2.608 ocupações. Desses, o levantamento listou as as profissões que mais criaram novas vagas.
Profissões que mais criaram vagas de trabalho no Brasil
- Faxineiro: 163.459;
- Assistente administrativo: 122.511;
- Vendedor de comércio varejista: 119.681;
- Alimentador de linha de produção: 117033;
- Auxiliar de escritório: 113.387;
- Servente de obras: 103.029;
- Atendente de lojas e mercados: 83.093;
- Auxiliar nos serviços de alimentação: 77.440;
- Atendente de lanchonete: 63.247;
- Motorista de caminhão: 55.493.
Salário de contratação teve queda
O médico clínico é uma das poucas ocupações que conseguiu ter ganho real, diante da inflação. O salário dessa profissão teve um aumento de 35,6%. Esse cenário é devido a atual situação de enfrentamento da pandemia de Covid-19.
Em contrapartida, motorista de ônibus urbano e auxiliar administrativo obtiveram as maiores quedas na remuneração, com perda de 19%. Entre as 140 principais profissões, 128 tiveram queda na remuneração inicial.
De acordo com a CNC, apenas 12 das 140 profissões mais relevantes do mercado de trabalho a remuneração inicial teve aumento. Os cargos ligados às áreas de saúde, educação e tecnologia foram as que obtiveram alta, sendo esse resultado da pandemia.