Líder dos caminhoneiros recusa auxílio de R$ 1 mil proposto por Bolsonaro

O Governo Federal, com o intuito de evitar uma nova greve dos caminhoneiros, planeja pagar um auxílio à categoria de R$ 1 mil. Porém, o presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, criticou o benefício.

Chorão, como é conhecido, divulgou uma nota na última quinta-feira (7) criticando o auxílio para caminhoneiros proposto pelo Governo Federal. O valor planejado para ser repassado à categoria é de R$ 1 mil.

Segundo o dirigente, não resolve os problemas enfrentados pelos caminhoneiros autônomos. Na nota, Chorão declarou que o auxílio é uma “afronta à inteligência” da categoria e que o pagamento é uma tentativa clara de comprar votos.

O presidente da Abrava pediu que o Governo Federal informe qual é a proposta para repassar o auxílio. Além disso, solicitou que o estoque de óleo diesel do país seja divulgado, podendo assim, identificar um possível aumento.

Auxílio para caminhoneiros é uma esmola

Considerando o preço médio do litro do óleo diesel a R$ 7,50, o auxílio de R$ 1 mil seria capaz de comprar 133 litros. Esse valor daria para percorrer uma distância de 332,5 km. Diante disso, Landim declarou que o  “caminhoneiro não é burro e sabe fazer conta“. 

Esse cenário é o mais otimista, porém, a maioria dos caminhoneiros autônomos possuem veículos antigos, que fazem, no máximo, 2 km por litro do combustível. Assim, “Com a PEC da esmola os caminhoneiros conseguem rodar 266 km, é uma falta de respeito”, reforçou.

O líder da associação finalizou a nota pedindo que o presidente Bolsonaro não “duvide da inteligência” dos caminhoneiros. Além disso, deixou claro que eles “não precisam de esmola, e sim de respeito“.

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PPI

Entre os pedidos apresentados pela Abrava estão as mudanças referentes ao PPI (preço dos combustíveis conforme a paridade de importação). A Paridade de Importação diz respeito aos custos totais para importação de um produto. 

O PPI trata-se de uma referência que é calculada com base no preço de compra do combustível mais os custos de sua entrega. Assim, é incluído o valor cobrado no transporte e taxas portuárias.

Bolsonaro pediu que a Petrobras reduzisse os preços, mas não foi atendido. Diante disso, o presidente da estatal foi trocado, mas mesmo assim nada foi mudado. O PPI “continua firme e forte”, como lembrou Chorão.

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Glaucia AlvesGlaucia Alves
Formada em Letras-Inglês pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Atuou na área acadêmica durante 8 anos. Em 2020 começou a trabalhar na equipe do FDR, produzindo conteúdo sobre finanças e carreira, onde já acumula anos de pesquisa e experiência.
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