Em relatório recente, especialistas da XP diminuíram suas estimativas para o Ibovespa ao final deste ano, de 130 mil para 120 mil pontos. De qualquer modo, isso ainda representa um aumento de 21,78% em comparação ao encerramento na véspera.
No primeiro semestre deste ano, o Ibovespa registrou queda de 5,99%. Das 91 ações que fazem parte desse índice da bolsa de valores brasileira, 55 encerraram o período em queda.
Em junho, o Ibovespa apresentou perda de 11,5%. Este foi o pior desempenho do índice desde março de 2020, quando a pandemia de covid-19 tinha iniciado. No último pregão do primeiro semestre de 2022, o indicador registrou 98,542 pontos.
Segundo analistas da XP, o índice “sofreu junto com os mercados internacionais”. As perdas registradas recentemente foram potencializadas pela forte queda nas commodities.
Os especialistas ainda declaram que a elevação de temores fiscais subiu a percepção de riscos sobre o Brasil.
Apesar da desvalorização em junho, a casa informa que “o Brasil continua como uma das melhores bolsas do mundo quando comparamos com o resto do mundo”.
No começo de 2022, as ações locais foram favorecidas pela combinação de rotação mundial de crescimento para valor, grande exposição a commodities e bancos, e múltiplos bastante atrativos.
Os especialistas informam que esses fatores provocaram um alto fluxo de capital estrangeiro de capital no início deste ano. No entanto, no segundo trimestre, houve enfraquecimento diante de temores com o crescimento econômico mundial. Em meio a isso, os diminuíram os preços de commodities.
Previsão dos especialistas da XP para o Ibovespa
Para o futuro, os analistas da XP estimam maior volatilidade com riscos internos e externos. No país, “riscos fiscais e políticos voltam ao radar a medida que as eleições se aproximam”. Já no exterior, “mercados devem continuar preocupados com a inflação, juros e riscos de recessão”.
Apesar disso, a casa ainda observa o Ibovespa muito barato. Diante disso, os analistas alteraram o preço-alvo do indicador em 120 mil pontos.
Diante do panorama de volatilidade futuro, para decidir as ações do portfólio de investimentos, os especialistas da XP informaram que continuam focando nos principais temas:
- Commodities;
- Histórico de crescimento secular que pouco dependem do cenário macro; e
- Qualidade a um preço razoável (QARP).