Mesmo em queda desemprego atinge mais de 10 milhões de brasileiros

O índice de desemprego caiu para 9,8% no trimestre encerrado no mês de maio. Ainda assim, esta condição atinge mais de 10,6 milhões de brasileiros. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apontou a taxa de desemprego inferior à casa dos dois dígitos pela primeira vez em seis anos. 

Na prática, esta é a menor taxa registrada em todo o Brasil desde o trimestre encerrado em janeiro de 2016. Na época, o percentual registrado foi de 9,6%. Se tratando de trimestres encerrados exclusivamente em maio, o menor foi em 2015 a 8,3%

A quantidade de desempregados também caiu, esta para 11,5%, o equivalente a menos de 1,4 milhão em comparação ao trimestre anterior. Na comparação anual a redução foi de 30,2%, ou seja, cerca de 4,6 milhões de brasileiros desempregados. 

Os dados do IBGE compõem a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua). No levantamento anterior, que continha dados correspondentes ao trimestre encerrado em abril, a taxa de desemprego observada foi de 10,5%, abrangendo a condição de desemprego em 11,3 milhões de pessoas. 

Considerando a mínima da série histórica registrada em 2014, o índice de desemprego chegou a 6,5%. No geral, considera-se um resultado quase positivo. Até mesmo porque, a média das previsões em pesquisa da Reuters era de que a taxa prevalecesse em 10,2% no período avaliado. 

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Desemprego é inibido por contratações recorde

O cenário de desemprego, aparentemente em massa, foi inibido pelo patamar recorde de contratações com 97,5 milhões de trabalhadores. A alta foi de 3,4% na comparação com o trimestre anterior e de 10,6% na comparação anual. 

“Isso equivale a um aumento de 2,3 milhão de pessoas no trimestre e de 9,4 milhões de ocupados no ano”, destacou o IBGE.

Em resumo, trata-se de um processo de recuperação das perdas ocorridas durante a pandemia em 2020 e 2021. A estabilidade voltou a acontecer este ano, com uma parte da população ocupada.

Proporcionalmente, o maior crescimento da ocupação na comparação anual se deu pelo emprego sem carteira assinada, que teve alta de 23,6%. Já o emprego com carteira assinada registrou aumento de 12,1% no período. Em números absolutos, foram 3,8 milhões a mais de carteiras assinadas e 2,4 milhões a mais sem carteira assinada no mercado de trabalho.

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Laura AlvarengaLaura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.
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