Corte de verbas no Inep afeta a aplicação de diversos exames que são responsabilidade do instituto. Segundo as informações divulgadas, a autarquia tem tentado otimizar ao máximo os recursos que possui, mas, não tentou reverter essa redução que preocupa diversos especialistas.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) informou que a área responsável pela aplicação de avaliações sofreu uma redução na verba para esse ano. O montante foi de R$ 81,2 milhões, dinheiro utilizado para a realização de diversos exames avaliativos.
Além do Enem, o Inep também aplica exames como o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb); Exame Nacional para a Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja); Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida), entre outros.
Enem afetado por corte de verbas?
De acordo com o INEP, o Exame Nacional do Ensino Médio 2022 não será afetado pelo corte de verbas, pois, foi feita uma “otimização de recursos” para garantir a aplicação desse e de outros exames.
“Portanto, o valor direcionado ao Enem continua sendo de R$ 380 milhões, conforme anunciado após a prorrogação do contrato para a aplicação do exame. O planejamento está sendo realizado considerando a mesma métrica de alunos por sala do Enem 2021, em função das medidas de prevenção à covid-19″, afirmou o Inep.
Esse corte preocupa os especialistas, pois, o Enem vem sofrendo queda no número de inscritos.
O ano passado, por exemplo, teve o menor número de participantes desde 2008; a edição desse ano apresentou uma certa melhora, mas, supera apenas a de 2021, 11,6% a mais.
Com isso, o corte de verbas foi direcionado ao Encceja, que tem provas em 28 de agosto, e em avaliações externas das instituições de ensino superior.
Por outro lado, o INEP também informou que a aplicação do Encceja não deve sofrer prejuízos.
Isso porque o número de inscritos corresponde apenas à metade do esperado.
Corte de verbas na educação
Se engana quem pensa que apenas o Inep sofreu redução no investimento anual.
A verdade é que o bloquei de verbas foi feito pelo governo federal em diversos órgãos.
O Ministério da Educação foi um dos mais afetados com bloqueios orçamentários que chegam a quase R$ 1,6 bilhão. Ao todo a Pasta da Educação sofreu bloqueios que somam mais de R$ 8,7 bilhões.
Acontece que alguns exames, além do Enem, vêm sofrendo problemas nos últimos anos e especialistas temem que esse investimento menor acabe comprometendo ainda mais a aplicação; principalmente aqueles voltados à educação básica.
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