Nesta quinta, 23, o dólar está operando em alta, impulsionado pela divisa norte-americana no exterior ao passo que as projeções de uma Política monetária mais apertada nos EUA estimulava os medos de uma possível recessão.
O dólar, às 15h23, subia 0,85% e era vendido a R$5,2203. Até às 16h20, a máxima obtida pela moeda foi de R$5,2189. O dólar fechou acima de R$5,20 pela última vez no dia 14 de fevereiro, quando ao final da sessão, a moeda estava em R$5,2186.
Ontem, 22, a moeda norte-americana fechou o dia em alta de 0,42% a R$5,1765. Por conta disso, a moeda passou a acumular uma alta de 8,94% em junho. Considerando o ano, o dólar ainda tem uma desvalorização de 7,14% frente ao real.
O que vem causando as variações no dólar?
No exterior, os mercados estão com as atenções voltadas para a trajetória da taxa de juros das maiores economias em um cenário de medo de uma grande desaceleração da economia mundial.
De acordo com o Citigroup, é projetada com uma probabilidade de quase 50%, uma recessão mundial, já que os bancos centrais estão aumentando as suas taxas de juros como forma de segurar a inflação, que vem sendo alimentada, em partes, pelos reflexos da guerra da Ucrânia e da pandemia do coronavírus. De acordo com analistas do banco, uma recessão é um “risco cada vez mais palpável” para a economia.
Nesta quinta, 22, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, banco do central dos Estados Unidos, disse que o comprometimento do Fed com o controle da inflação mais alta em 40 anos é “incondicional”.
Já no Brasil, o mercado vem sendo afetado pelas preocupações com o crescimento econômico do mundo, pela proximidade das eleições presidenciais e por conta do futuro da Petrobras após o pedido de demissão de José Mauro Coelho do cargo de presidente-executivo.
O executivo sai do comando da estatal em meio a forte pressão que a empresa vem sofrendo, especialmente após o mais recente reajuste de preços da gasolina e do diesel na última semana. José Mauro é o terceiro presidente da Petrobras a sair do cargo em um cenário de insatisfação do governo com a política de preços adotada pela estatal.