Com a possibilidade de romper o teto de gastos, o governo de Jair Bolsonaro (PL) pode aumentar o valor mínimo do Auxílio Brasil. Hoje, o pagamento é de pelo menos R$ 400, mas pode chegar a R$ 600 caso a medida seja aprovada. A sugestão tem relação forte com as eleições que acontecerão em outubro.
As informações foram trazidas pelo colunista do jornal O Globo, Lauro Jardim. Ele afirma que as intenções do atual governo são motivadas pela corrida eleitoral deste ano.
Isso porque, a população mais pobre do Brasil é justamente a que recebe o benefício. Por isso, aumentar o valor do programa pode despertar maior interesse em votar no presidente Jair Bolsonaro.
Atualmente recebem o benefício as famílias cuja renda familiar per capita é de até R$ 100, e são enquadradas como de extrema pobreza. E aquelas com renda per capita de até R$ 200, enquadradas como vivendo no índice de pobreza.
Ao transferir os usuários do Bolsa Família automaticamente para o Auxílio Brasil, o governo federal incluiu mais 3 milhões de pessoas que aguardavam na fila de espera.
Hoje, existem 18,1 milhões de contemplados no atual programa. O valor mínimo pago por família é de R$ 400, mas podem ser adicionados outros bônus. Por exemplo, parcelas que chegam até R$ 1 mil e são relacionadas a um prêmio por bom desempenho escolar.
Todas estas mudanças mostram o interesse do atual governo em investir nos projetos sociais. O que especialistas afirmam é que essas ações têm cunho eleitoral, já que Bolsonaro concorre fortemente com o ex-presidente Lula (PT) conhecido pelo seu favoritismo com as pessoas mais pobres.
Auxílio Brasil e Bolsonaro
No governo Lula foi criado o programa Bolsa Família, e outros como Prouni e Sisu que intermediaram a entrada nas universidades públicas e privadas.
Uma recente pesquisa divulgada pelo Instituto FBS mostra que pelo menos 64% da população que recebe o Auxílio Brasil demonstrou maior interesse em votar no candidato Lula.
Ou seja, Bolsonaro teria que melhorar sua relação com essa parte do eleitorado para ampliar suas chances de reeleição. Vem daí o interesse em subir as parcelas para R$ 600.