A quarta fase do Open Banking começou na última terça, 31, e partir dela o ecossistema é ampliado com a possibilidade de compartilhamento de dados transacionais sobre seguros, câmbio, previdência complementar aberta e contas-salário, assim como compartilhamento de dados a respeito das características dos produtos e serviços dessas categorias disponibilizadas para contratação no mercado.
A fase 4 começou a ser implantada em dezembro do ano passado e foi a que teve a maior burocracia com prazos para as instituições participantes aderirem às certificações de segurança e operação, para que elas pudessem ofertar aos clientes as possibilidades de compartilhamento.
A idéia central do ecossistema aberto segue a mesma: os dados só serão compartilhados a partir da expressa autorização dos consumidores. Desta forma, de acordo com a explicação do Banco Central, a segunda etapa da fase 4 é que oficializa de vez o começo do Open Finance no país, uma vez que agora será possível observar os efeitos na vida dos consumidores na prática.
“Antes era esperado apenas o compartilhamento padronizado de dados como lista de canais de atendimento, produtos, serviços e respectivas taxas e tarifas. Agora é o começamos a construir as bases do que será o compartilhamento de dados como cadastro, transações e operações pelo usuário com as instituições (de seguro, investimento, câmbio, etc.) que optar”, disse ao InfoMoney Ricardo Taveira, CEO da Quanto, empresa de tecnologia para o Open Finance.
O CMN (Conselho Monetário Nacional) aprovou recentemente a resolução que lançou de forma oficial o projeto Open Finance Brasil, com a finalidade de reforçar o escopo do Open Banking.
O Open Finance é o termo que irá abrigar todos os ecossistemas abertos de dados bancários (Open Banking), dados de seguros (Open Insurance) e dados de investimentos (Open Investments).
De acordo com o BC, já foram registrados cerca de 5 milhões de autorizações por parte de clientes no âmbito do Open Banking desde o início do ecossistema.
“O Open Finance será a união de todos os produtos tradicionais bancários como crédito e contas correntes aos produtos como seguros, previdência privada e mais para frente outras categorias”, disse ao InfoMoney Rogerio Melfi, membro da ABFintechs.