Um grupo de investidores demonstrou interesse em comprar aproximadamente R$ 13 bilhões em ações da Eletrobras. Esta pode ser uma das maiores ofertas públicas já feitas no país. A informação foi levantada pela Bloomberg, por meio de fontes com conhecimento do assunto.
Nos próximos dias, a deve ser lançada formalmente a transação — uma oferta subsequente e chamada de follow-on. Apesar disso, os bancos já começaram os contatos com os potenciais compradores, segundo informado pelas fontes.
Caso a operação seja bem-sucedida, poderá resultar na privatização da Eletrobras por meio da redução da atual posição de controle por parte da União.
Com a elevação de capital, a parcela do governo poderá reduzir para abaixo de 50% do capital votante da companhia.
Analistas do UBS BB, em relatório de 22 de maio, comentaram expectativas de que a oferta levante aproximadamente R$ 30 bilhões — incluindo a oferta primária e secundária de ações. No primeiro caso, os valores vão para o caixa da empresa. Já no segundo, vão para os acionistas vendedores.
Segundo comunicado da Eletrobras no final do ano passado, os bancos coordenadores da oferta são: Bank of America, BTG Pactual, Goldman Sachs, Itaú BBA, XP Investimentos, Bradesco BBI, Caixa Econômica Federal, Citi, Credit Suisse, J.P. Morgan, Morgan Stanley e Safra.
TCU aprova privatização da Eletrobras
No dia 18 deste mês, o plenário do Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou o modelo de privatização da Eletrobras, empresa atuante nas áreas de geração e transmissão de energia. A votação terminou com 7 votos favoráveis e 1 contrário, do ministro Vital do Rêgo.
Esta era a última fase pendente para que o governo pudesse continuar com o processo de desestatização da empresa. A operação definitiva pode acontecer ainda neste ano.
No ano passado, a desestatização da Eletrobras foi aprovada pelo Congresso da Eletrobras e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro.
Em fevereiro deste ano, A Corte de contas já tinha aprovado a modelagem financeira da privatização. Já agora, foi validado o modo como a Eletrobras será repassada para o controle acionário privado — no modelo sugerido pelo governo federal, via comercialização de ações.
Inicialmente, o governo considerava realizar a oferta de ações até 13 de maio. No entanto, diante do pedido de vista (mais tempo para análise) do ministro Vital do Rêgo, os planos foram adiados.