De acordo com a Pesquisa Ipespe que foi divulgada na última sexta, 20, 67% das pessoas entrevistadas são a favor da privatização da Petrobras se houver uma garantia de que a venda da empresa trará uma redução no preço dos combustíveis. A pesquisa mostrou que, sem a esperança de que o preço dos combustíveis caia por conta da privatização, 49% das pessoas disseram não concordar com a venda da estatal, ante 38% que são a favor.
Na visão de 44% da população, os preços dos combustíveis cresceriam ainda mais caso a Petrobras fosse privatizada. A pesquisa foi feita na semana posterior a solicitação de estudos vindo de Adolfo Sachsida, novo ministro de Minas e Energia, para incluir a Petrobras no programa de desestatização do governo.
Falando sobre a responsabilidade pelo crescimento no preço do combustível, 64% das pessoas entrevistadas apontaram que a Petrobras tem “muita responsabilidade” nas seguintes elevações nos preços.
Já o presidente Jair Bolsonaro é apontado como alguém com muita responsabilidade pelos altos preços da estatal por 45% dos entrevistados. Da quantidade total de entrevistados, 37% deles classificaram como muito responsáveis os governos anteriores, comandados pelo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
A pesquisa realizou mil entrevistas de abrangência nacional, entre os dias 16, 17 e 18 de maio.
A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-08011/2022. A margem de erro máxima é de 3,2 pontos percentuais.
Aumentou de preços causou saída de ministro
O presidente Bolsonaro tirou Bento Albuquerque do comando do Ministério de Minas e Energia após atacar a política de preços adotada pela Petrobras, que é ligada à pasta. Albuquerque saiu da chefia do ministério em 11 de maio.
A estatal tinha anunciado dois dias antes da saída de Albuquerque, um aumento de 8,87% no preço do diesel nas refinarias. Nos postos, o preço do diesel cresceu 96% ao longo do governo Bolsonaro, de acordo com o levantamento do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
A Petrobras pratica preços atrelados à cotação internacional do petróleo e ao dólar. Quando eles sobem, os preços dos combustíveis sobem junto.