Alunos que ficaram sem aulas durante a pandemia podem ganhar 9% menos durante a vida; entenda

Estudo aponta para os impactos da pandemia na educação dos brasileiros. O Brasil está entre os países em que os estudantes enfrentaram mais problemas para dar continuidade aos estudos.

Relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) aponta que os brasileiros terão impactos negativos a longo prazo na educação por conta da pandemia.

Ficando atrás apenas do México e empatado com a Arábia Saudita, no diz respeitos aos países que fazem parte do G-20.

Pandemia e redução de salários a longo prazo

O relatório foi elaborado com dados da Organização das Nações Unidas (ONU) e do seu braço para educação, a Unesco.

Segundo o documento, o fechamento das escolas pode gerar ganhos 9,1% menores para os estudantes brasileiros ao longo da vida.

Na Indonésia, a perda estimada é de 9,7%, e no México, de 9,9%.

“A pandemia desencadeou uma grave interrupção na educação, com um impacto desproporcional entre os mercados emergentes e as economias em desenvolvimento e entre as crianças mais pobres”, diz o FMI.

Esse mesmo relatório aponta quais os países emergentes do G-20 que menos devem ser impactados, em primeiro lugar está a Rússia com expectativa de redução dos ganhos abaixo de 1%.

O Japão é o país desenvolvido mais bem posicionado, com -1% seguido da França com -1,2%.

“Várias economias do G-20 observaram uma queda nas pontuações de testes (por exemplo, Brasil, Índia, Alemanha, Estados Unidos, Reino Unido). Além disso, em muitos mercados emergentes e economias em desenvolvimento, o fechamento de escolas levou a uma queda considerável na matrícula de alunos em todos os níveis de ensino e corre o risco de deixar muitos alunos permanentemente fora da escola”, pontua o relatório.

O FMI ainda estima que as perdas sejam maiores para os estudantes mais desfavorecidos. O relatório ainda aponta que 1,6 bilhão de alunos foram afetados pela interrupção das aulas nos anos de 2020 e 2021.

Segundo o documento, é necessário criar ações políticas para minimizar esse impacto, caso contrário, as desigualdades sociais serão aumentadas.

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Jamille NovaesJamille Novaes
Formada em Letras Vernáculas pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), a produção de texto sempre foi sua paixão. Já atuou como professora e revisora textual, mas foi na redação do FDR que se encontrou como profissional. Possui curso de UX Writing para Transformação Digital, Comunicação Digital e Data Jornalismo: Conceitos Introdutórios; e de Produção de Conteúdos Digitais.
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