Nesta segunda-feira (16), o Nubank divulgou os resultados do primeiro trimestre deste ano. No período, a fintech registrou um prejuízo líquido de US$ 45,1 milhões. No mesmo período do ano anterior, a perda tinha sido de US$ 49 milhões.
Entre janeiro e março deste ano, o banco digital teve lucro ajustado de US$ 10,1 milhões. Esse valor desconsidera as despesas contábeis com remuneração com executivo com base em ações. Neste mesmo parâmetro, o valor registrado no mesmo período de 2021 foi de perda de US$ 13,1 milhões.
Em março, a base de clientes do Nubank chegou a 59,6 milhões. No primeiro trimestre, o banco digital adicionou 5,7 milhões de pessoas. Isso representa uma alta de 60,7% na base anual.
Nos três primeiros meses deste ano, a taxa de clientes ativos totalizou 78%. No mesmo período de 2021, o índice era de 69%.
Ao considerar o crédito, a carteira chegou a US4 3,1 bilhões. Isso equivale a um aumento anual de 417%. A inadimplência, bastante esperada pelos investidores, ficou em 4,2%, o que representa um aumento de 2,7% em relação ao mesmo trimestre de 2021.
A receita da fintech chegou a US$ 877 milhões do primeiro trimestre deste ano. Em relação à mesma fase do ano anterior, foi observada uma alta de 258%. O lucro bruto chegou a US$ 294 milhões, com margem de 34%. Há um ano, essa parcela era de 47%.
Desempenho das ações do Nubank
Perto das 19h, no after market no mercado norte-americano, as ações do Nubank registraram alta de 8%, a US$ 4,70. Isso aconteceu após a publicação do balanço trimestral. Já ao longo da sessão regular, os ativos tinham desvalorizado 9,75%.
À Reuters, o presidente e fundador do Nubank, David Vélez, declarou que grande parte dos investidores da fintech — presos a um prazo de carência para vender os papéis — pretende manter esses ativos após o vencimento do prazo do lock-up pós IPO, marcado para esta terça-feira (17).
Nas últimas semanas, os ativos do banco digital despencaram na bolsa de valores. A queda aconteceu em meio à preocupação de que o mercado fosse impactado com ações da fintech depois do lock-up — dentro de regras do IPO, em dezembro.