Inflação sobe mais de 1% em abril; enetenda como isto impacta o seu bolso

Em abril, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), considerado a inflação oficial do país, cresceu 1,06%, após registrar uma alta de 1,62% em março. O resultado de abril é o mais alto para o mês desde 1996, quando o patamar ficou em 1,26%. O resultado acumulado em 12 meses, por sua vez, ficou em 12,13%, o nível mais alto para a taxa em 12 meses desde outubro de 2003 (13,98%).

Os dados foram revelados ontem, 11 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em abril do ano passado, o IPCA teve uma inflação de 0,31%.

O patamar registrado em abril superou a mediana das projeções de 39 instituições financeiras e consultorias, procuradas pelo Valor Data, de uma expansão de 1%. A porcentagem ficou dentro do intervalo das projeções, que estrava entre de 0,60% e 1,24%. 

De acordo com o indicador acumulado em 12 meses, o IPCA ficou em 12,13% no último mês, contra 11,30% acumulados até março. O patamar foi maior que o centro da meta inflacionária determinada pelo Banco Central de 3,5% para 2022. A meta possui uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, para cima ou para baixo. Para o resultado acumulado em 12 meses, a mediana das projeções do Valor Data estava em 12,06%, com projeções entre 11,96% e 12,33%.

Os alimentos e bebidas foram os que mais impactaram entre os grupos de despesas, com uma alta de de 2,06% e 0,43 ponto percentual respectivamente. Na sequência, aparece o grupo transportes, com uma alta  de 1,91% e 0,42 ponto percentual no índice.

A base do IBGE para celular a inflação oficial do Brasil é a cesta de consumo das famílias com rendimento entre um a quarenta salários mínimos, e engloba dez regiões metropolitanas, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracajú e de Brasília.

IPCA

Índice de preços no consumidor é usado para observar tendências de inflação. É calculado com base no preço médio necessário para comprar um conjunto de bens de consumo e serviços num país, comparando com períodos anteriores.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.