As mais de 18 milhões de famílias do Auxílio Brasil podem contar em breve com um empréstimo consignado feito dentro do programa. Depois que a medida for implementada, os beneficiários poderão contratar empréstimos com parcelas que serão descontadas automaticamente do benefício mensal, em condições bastante vantajosas.
Saiba a seguir como deve funcionar o empréstimo consignado do Auxílio Brasil e o que falta para ele se tornar realidade.
O empréstimo consignado do Auxílio Brasil já está valendo?
Ainda não. Uma Medida Provisória criando a nova modalidade de crédito foi publicada pelo governo ainda em março, como parte de um pacote de estímulos à economia que também inclui o empréstimo consignado pelo BPC (Benefício de Prestação Continuada), novas linhas de crédito e o saque extraordinário do FGTS.
O empréstimo consignado pelo Auxílio Brasil, no entanto, ainda precisa ser regulamentado. É preciso definir diversos detalhes do seu funcionamento, como prazos, taxas e requisitos, embora muita coisa já tenha sido revelada pelo governo. A expectativa é que essa regulamentação seja feita neste mês de maio.
Como vai funcionar?
O empréstimo consignado pelo Auxílio Brasil terá parcelas descontadas diretamente do benefício mensal, respeitando-se a margem consignável. É essa margem que define quanto o beneficiário pode comprometer com a operação de crédito.
No caso do Auxílio Brasil, ela será de 40%, dividida da seguinte forma:
- 35% para pagamento de parcela do empréstimo
- 5% para pagamento de despesas com cartão consignado
Os juros devem ser baixos, em torno de 2% ao mês. O prazo de pagamento deve ser de no máximo 48 meses.
Vale a pena contratar empréstimo consignado?
O empréstimo consignado é considerado uma das modalidades mais vantajosas do mercado, sendo bastante conhecido por aposentados do INSS e funcionários públicos.
Como as parcelas são descontadas automaticamente do benefício ou do salário recebidos mensalmente, o risco de atrasos ou inadimplência é muito baixo. Isso garante condições mais favoráveis, como taxas de juros baixas, prazo de pagamento estendido e a possibilidade de contratar o crédito mesmo estando negativado.
No caso do Auxílio Brasil e do BPC, o governo já adiantou que as taxas de juros devem ser baixas, considerando a situação de vulnerabilidade social dos beneficiários. Espera-se, também que não seja necessário passar por análise de crédito, o que permitirá que mesmo negativados contratem as novas modalidades de empréstimo.