Especialista explica como receber o salário em criptomoedas e como funciona esse ativo

Brasileiros podem passar a receber os seus salários em criptomoedas. Cada vez mais se fala sobre bitcoins e sua rentabilidade. No Brasil, no entanto, ainda não há um domínio da população com relação a essa forma de pagamento. Abaixo, um especialista te explica detalhes sobre o uso desse investimento.

Já pensou em receber o seu salário através de uma criptomoeda? Essa realidade está cada vez mais próxima. Com o avanço das moedas online, o Governo Federal passou a considerar os impactos dessa mudança.

Buscando aprofundar o debate sobre o pagamento do salário em criptomoedas, o FDR convidou o CEO da Osten Moove, Fabiano Nagamatsu, para uma entrevista exclusiva. Ele explica como funciona esse segmento financeiro e os seus possíveis desdobramentos na economia nacional. Confira.

Como funciona o pagamento de salário em criptomoedas?

O pagamento ocorre por meio de uma corretora ou Exchange de criptomoedas. A empresa deve ter uma carteira numa Exchange (com CNPJ). O colaborador também deve ter uma carteira para recebimento. A transação ocorre como se fosse um pix, porém com alguns procedimentos de segurança. Uma questão importante é: uma vez feita a transação, não tem estorno. Ou seja, se transferir para uma carteira errada (inserir código de outrem), não tem retorno e não pode ser identificado.

Geralmente, quem mais utiliza dos recursos de pagamento/recebimento em criptomoedas são empresas de serviços tecnológicos e prestadores de serviços (desenvolvedores, designers, modeladores de games).

Como já estão no ambiente onde com a diversão pode ganhar dinheiro, por exemplo, jogar um game onde a recompensa sejam NFTs, Tokens ou criptos, receber ou pagar em cripomoedas é mais cômodo para este público.

Quais os benéficos para empresa e para o colaborador?

Receber criptomoedas como um bônus, é possível?

É possível pagar bonificações e prêmios (remunerações variáveis) por meio de criptomoedas. Contudo, vale lembrar que ainda não é regulamentada a questão de remuneração por outra moeda que não seja a fiduciária ou moeda corrente do país (ver CLT).

No Brasil, esse tipo de pagamento já é aceito? O país está preparado para essa nova tendência econômica?

É importante destacar que tem um projeto de Lei 3908/21 (ainda tramitando) que sugere o pagamento de até 30% do salário em criptomoedas ou moeda que não seja fiduciária.

Entre as startups, o pagamento de salários dos programadores e designer já é comum. Exemplo de startups: Inspireip.io, driveonauto.com, cryptomiles.net, ostenmoove.com.br e btracer.com.br

Hoje a aceitação de pagamentos de remuneração é mais bem vista entre profissionais ligados à tecnologia. Contudo, com o avanço da Web3 e impulsionamento das regulamentações voltadas para criptomoedas, as transações em cripto começam a tornar-se mais corriqueiras. O fato que comprova isso é as novas fintechs e bancos digitais que estão adotando cash back e transações em criptomoedas.

No Brasil, com o avanço da tecnologia 5G, internet via satélite StarLink (possível parceria do Elon Musk) e investimento público-privado em infraestrutura tecnológica, o avanço e popularização das criptomoedas para transações financeiras torna-se cada vez mais comum, principalmente entre as gerações mais tecnológicas.

Pode falar um pouco mais sobre o PL aprovado no senado na última semana que envolve as criptomoedas?

A PL que foi recentemente aprovada no senado é para regulamentar as exchanges em território nacional:

Já tem o projeto de Lei 3908/21 (ainda tramitando) que sugere o pagamento de até 30% do salário em criptomoedas ou moeda que não seja fiduciária. Isto é, alterar questões junto à CLT.

Como sacar minhas criptomoedas?

O saque ocorre igual ao de um banco digital: indica-se a conta corrente para a transferência da quantia em moeda corrente (fiduciária). Em alguns países, já existem terminais onde a pessoa pode acessar sua carteira digital de criptomoedas e sacar em dinheiro físico corrente do país.

Qual a criptomoeda mais rentável?

As moedas mais promissoras para 2022 são:

Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.
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