Brasil tem uma das maiores inflações do mundo, revela pesquisa; preços vão subir ainda mais?

A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou na quarta-feira (4) um relatório sobre a inflação no mundo, mostrando um avanço preocupante de preços em diversos países, incluindo o Brasil.

Quando se considera o G20, grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo, o Brasil possui a terceira maior taxa de inflação, perdendo apenas para Turquia e Argentina. O relatório, no entanto, não apresenta o índice na Rússia, país que teve terminou março com uma inflação de 16,7%, no acumulado de 12 meses.

Confira a seguir quais foram as taxas registradas nas maiores economias, nos 12 meses até março de 2022:

O relatório da OCDE mostra como a inflação vem subindo mesmo entre os países de economia mais estável. A União Europeia como um todo apresentou um índice de 7,8% (ante 6,2% em fevereiro), enquanto os Estados Unidos, depois de fechar 2021 com inflação em 7% (a maior dos últimos 40 anos), apresenta uma taxa de 8,5% no acumulado de 12 meses até março.

O G20 como um todo teve taxa de 7,9% no acumulado até março, depois de registrar 6,3% no resultado de fevereiro.

Quando se considera os 38 países da OCDE (organização da qual o Brasil não faz parte), a elevação de preços também é preocupante. Além da Turquia, com seus 61,1%, os outros integrantes com inflação em dois dígitos são Lituânia (15,7%), Estônia (15,2%), República Tcheca (12,7%), Letônia (11,5%), Polônia (11%) e Eslováquia (10,4%).

Mercado já vê inflação acima de 10% em 2022

Com a inflação brasileira persistindo acima de 10%, alguns economistas já acreditam que o indicador pode terminar 2022 em dois dígitos.

Nesta semana, o banco francês BNP Paribas apresentou relatório em que estima uma inflação de 10,5% para o Brasil neste ano. Se isso se confirmar, será a primeira vez desde o Plano Real que o país apresenta inflação acima de 10% por dois anos seguidos.

A instituição também acredita que os alimentos terão uma alta de 17% no período. Além dos alimentos, os itens de energia, como combustíveis, energia elétrica, gás de cozinha e gás natural também são fatores que pressionam a inflação.

O aumento de preços estimula o Banco Central a elevar a taxa básica de juros, a Selic, como forma de diminuir o consumo das famílias. Atualmente, a Selic está em 11,75%, mas economistas já preveem que ela ultrapasse os 14% em 2022.

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Amaury NogueiraAmaury Nogueira
Nascido em Manga, norte de Minas Gerais, mora em Belo Horizonte há quase 10 anos. É graduando em Letras - Bacharelado em Edição, pela UFMG. Trabalha há três anos como redator e possui experiência com SEO, revisão e edição de texto. Nas horas vagas, escreve, desenha e pratica outras artes.
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