- A falta de autonomia é um ponto negativo dos fundos de investimento;
- A cobrança de taxas também se torna desfavorável;
- Os fundos de investimentos são uma modalidade de investimento coletivo.
No mercado de investimentos, foram surgindo modos diretos de aplicar, tanto na renda fixa quanto na renda variável. Na outra ponta, os fundos de investimento cobram taxas de performance e administrativas, o que torna essa opção menos competitiva.
Anteriormente, fazia sentido pagar mais de 2% de taxa de administração em algum fundo de investimento com pouca gestão. Já atualmente, o gestor deve realizar grande esforço chamativo — para justificar as cobranças no patrimônio do cotista.
Para saber se vale a pena manter valore sem algum fundo, o investidor deve entender quanto paga de taxa de administração. Isso pode ser descoberto ao realizar essa conta: saber quanto está ganhando, e comparar com o que foi descontado — referentes à taxa cobrada.
Ao Valor, o coordenador do Centro de Estudos em Finanças da Fundação Getúlio Vargas, William Eid, nos fundos de varejo, a taxa média de administração é de 0,76% ao ano.
Para os grandes clientes — os de “atacado” e de “alta renda” —, em média, as taxas de administração são, respectivamente, de 0,27% e 0,22%.
Segundo Eid, há bastante tempo, as taxas de administração dos fundos diminuíram. Atualmente, por exemplo, nos fundos DI de varejo, a maior é de 1,75% ao ano. Vale destacar que este é um fundo antigo. Já os fundos mais recentes não possuem taxas altas.
Os fundos de investimento
Os fundos de investimento são uma modalidade de investimento coletivo. Ou seja, os fundos abrangem valores de diversos investidores. Um gestor profissional fica responsável pelas decisões de aplicação no fundo.
Cada fundo possui um próprio regulamento — estabelecendo regras sobre onde o gestor pode atuar, custos, limites de exposição, público-alvo, entre outras informações.
Existem variados tipos de fundos de investimento. Os produtos podem ser com foco em renda fixa, câmbio, ações e câmbio. Essas aplicações também podem ter liberdade de atuação em todos os mercados, como é o caso dos fundos multimercados.
Os fundos de investimentos possuem duas figuras principais:
- Gestor do fundo: pessoa responsável pelas decisões de aplicação do fundo, conforme as condições e limites estabelecidos em regulamento.
- Administrador do fundo: pessoa responsável pela criação, manutenção e funcionamento do fundo. O administrador aprova o regulamento, estabelecendo os objetivos e política de investimento. Ele também oferece serviço de atendimento aos cotistas.
As vantagens e desvantagens dos fundos de investimento
Assim como outras aplicações existentes no mercado, os fundos de investimento possuem vantagens e desvantagens.
Como pontos positivos, esses investimentos podem ser considerados por investidores iniciantes — que desejam ter diversificação nos investimentos e uma gestão profissional de portfólio.
Pelo fato de que os fundos de ações, por exemplo, são geridos por gestores profissionais, o investidor não precisa lidar com algumas burocracias, como o recolhimento de impostos na hipótese de venda dos ativos.
Apesar disso, existem alguns pontos negativos. Os fundos cobram uma taxa de administração, como forma de remuneração aos gestores e administradores.
Em certas situações, ainda podem existir cobranças de taxa de performance. Este se refere a um percentual sobre os rendimentos — cobrados apenas se o fundo superar algum determinado benchmark (índice de referência).
Além disso, os fundos possuem suas próprias regras de tributação, como o come-cotas, para fundos de renda fixa, multimercados e cambiais.
Captação dos fundos de investimento em 2021
Devido à grande atratividade da renda fixa, os fundos de investimento registraram captação recorde no ano passado. Em parte, esse aumento nos aportes da classe pode ser explicado por ciclo de aumento da taxa Selic.
Ao todo, foram adicionados R$ 369 bilhões em fundo durante o ano. Os dados foram divulgados pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima). Este o maior valor da séria histórica de dados sobre os fundos, que se iniciou em 2002.
De todos os aportes realizados em 2021, 58% foram em fundos de renda fixa — que apresentaram saldo líquido de R$ 215,2 bilhões.
No consolidado, existia R$ 6,9 trilhões em patrimônio líquido na indústria. Isso representou uma elevação de 12,7% em comparação ao ano anterior, com participação de 37,1% da renda fixa.