Em meio à alta do aluguel, confira dicas de como economizar

Pontos-chave
  • Alta do aluguel atinge maior patamar desde 2011
  • Momento é o ideal para renegociar valores com proprietários
  • Confira dicas para esta conversa

Em março deste ano, o aluguel residencial passou por uma alta de 1,63%, maior patamar de aumento desde junho de 2011, de acordo com o Índice FipeZap+, que acompanha os preços em 25 cidades brasileiras. Por conta disso, este é o momento de inquilinos e proprietários sentarem e tentarem uma negociação favorável para ambos os lados. Para isso, a Arbo Imóveis, marketplace do mercado imobiliário, preparou algumas dicas para te ajudar nesta conversa.

  • Sente e converse 

Mesmo que não seja obrigatório por lei que proprietários e inquilinos reduzam os preços do aluguel estabelecido em contrato, uma conversa entre as partes pode ajudar na renegociação em momentos de inflação e preços altos. 

  • Relação de confiança

Em todas as negociações é preciso que exista uma confiança mútua entre proprietários e inquilinos. Esta confiança ajuda nas tratativas no momento de renegociar o aluguel e também em outras questões que podem surgir. 

Se o imóvel tiver sido alugado por intermédio de uma imobiliária e você se deu conta de que suas finanças vão ficar apertadas, vale a pena contatá-la com antecedência, para tentar achar uma saída.

  • Tenha bons argumentos 

No momento de conversar sobre a renegociação do preço do aluguel, tenha bons argumentos para mostrar a outra parte situação financeira e tentar entrar em acordo.

  • Redução da renda

Caso ainda esteja conseguindo pagar as contas em dia, porém está enfrentando dificuldades para honrar com os compromissos, faça com que isto seja de conhecimento da imobiliária ou do proprietário. 

Existem pelo menos duas maneiras de tentar resolver esta questão: uma delas é propor o congelamento de algumas parcelas por um período determinado. Passado este prazo, o pagamento do valor das parcelas congeladas viria diluído nas próximas mensalidades. Essa possibilidade também é válida para os aluguéis que já estão em atraso.

A segunda possibilidade é propor uma redução temporária no preço das mensalidades. Em diversos casos, os inquilinos chegam a obter descontos entre 20% e 50% do aluguel.

  • Seja um bom inquilino 

Os inquilinos exemplares costumam ter vantagens nas negociações. Aquele inquilino que paga sempre em dia, que cuida do imóvel e que já o ocupa há muito tempo. Os donos dificilmente vão querer perder um bom inquilino para colocar um desconhecido no local. 

  • Saiba ouvir 

Sempre tenha uma proposta bem definida para apresentar ao outro lado. Porém, tenha em mente que o proprietário também tem suas necessidades e certamente tem uma proposta a ser apresentada. Neste momento é importante ouvir a outra parte para chegar em um acordo.

  • Controle as emoções 

No momento da renegociação, não controlar as emoções pode prejudicar e muito as tratativas. Mesmo que as diferenças pareçam grandes, o caminho para alinhar as expectativas é sempre ter uma postura positiva. Cuidado com o tom de voz usado ou com o nervosismo, pois isso pode fazer com que o interlocutor fique na defensiva.

Na pior das hipóteses, a outra parte pode se sentir tão acuado que simplesmente não dará mais condições de dialogar.

Aluguel dispara

A aluguel residencial está mais caro pelo nono mês seguido no país. De acordo com o índice FipeZap+ de Locação, que acompanha os preços em 25 cidades do país, foi detectado um aumento de 1,63% no mês passado. Esta foi a variação mais alta desde julho de 2011.

Mesmo com esta alta, o aumento no preço do aluguel ficou um pouco mais baixo que a inflação no período, de 1,62%, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Somente a cidade de Pelotas não teve reajuste no preço do aluguel, registrando uma queda de 0,07%, segundo a pesquisa. A maior alta, entre as cidades pesquisadas, foi registrada em Goiânia, com 4,93% e a mais baixa foi detectada em Porto Alegre, com 0,55%.

Percentual de aumento no aluguel no mês de março, de acordo com a pesquisa:

  • Goiânia: 4,93%
  • Fortaleza: 3,19%
  • Florianópolis: 3,05%
  • Salvador: 2,91%
  • Belo Horizonte: 2,62%
  • Curitiba: 2,27%
  • Rio de Janeiro: 1,86%
  • Recife: 1,26%
  • Brasília: 1,09%
  • São Paulo: 1,08%
  • Porto Alegre: 0,55%

Paulo AmorimPaulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.