Valores esquecidos: o que acontece se você não resgatar o dinheiro dos bancos?

No fim de março, o Banco Central divulgou um novo calendário para resgatar valores esquecidos em bancos pelo sistema de Valores a Receber (SVR). Esse cronograma se estendeu até 16 de abril. Apesar disso, em maio, acontecerá uma nova rodada de consultas, com a possibilidade de novos saques.

Valores esquecidos: o que acontece se você não resgatar o dinheiro dos bancos?
Valores esquecidos: o que acontece se você não resgatar o dinheiro dos bancos? (Imagem: Montagem/FDR)

Por meio do Sistema de Valores a Receber, os cidadãos podem verificar se possuem quantias esquecidas ou inesperadas devido a tarifas cobradas indevidamente em operações de crédito — ou em contas bancárias já encerradas.

Entre 17 de abril e 1º de maio, o SVR ficará indisponível para uma reformulação. A partir de então, existirá uma nova rodada, que possibilitará novos resgates — mesmo para quem já realizou saque na primeira etapa.

O Banco Central informa que o sistema terá novas informações repassadas pelas instituições financeiras. Desse modo, mesmo quem já resgatou dinheiro, ou não tinha quantias a receber na primeira fase, deve consultar o sistema novamente.

Outra novidade é que, a partir de 2 de maio, não será mais preciso realizar agendamento. O resgate dos valores esquecidos poderá ser solicitado já na primeira consulta.

O que acontece se você não resgatar o dinheiro dos bancos pelo sistema Valores a Receber

De acordo com o Banco Central, caso a pessoa não resgatar os valores, não acontecerá nada. A autoridade monetária explica que o dinheiro pertence à pessoa.

A quantia será mantida, por tempo indeterminado, nas instituições — até que o dono solicite o resgate. Sendo assim, sem o resgate, o dinheiro permanecerá ‘esquecido’ nos bancos.

Cuidados que a população deve tomar sobre o Valores a Receber

Para consultar e solicitar as quantias esquecidas, o cidadão precisa acessar o site valoresareceber.bcb.gov.br. O Banco Central não entra em contato com as pessoas diretamente, para dialogar sobre os valores ou pedir a confirmação de dados pessoais.

Para a liberação dos valores, nem as instituições financeiras ou o Banco Central exigirão que a pessoa conceda informações pessoais — ou senhas — para a liberação da quantia.

Diante disso, o interessado não deve clicar em links suspeitos enviados por WhatsApp, Telegram, SMS ou e-mail. Para acessar os valores, não é preciso realizar qualquer tipo de pagamento.

Silvio SuehiroSilvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.