Conta de luz mais barata: ONS diz que energia não pesará no bolso do consumidor

De acordo com Luiz Carlos Ciocchi, o diretor-geral do Operador Nacional do Setor Elétrico (ONS), o setor de energia não deverá pesar no bolso dos consumidores em 2022.

Segundo ele, isto acontecerá pois os níveis dos reservatórios estão em um patamar mais favorável do que no último ano, quando o país enfrentou a maior crise hídrica dos últimos 91 anos. 

“Sudeste e Centro-Oeste terminam o período de chuvas no melhor nível desde 2012”, disse ele.

A tarifa de energia está sendo acrescida da taxa adicional da “bandeira da escassez hídrica”, que custa R$ 14,20 a cada 100 quilowatts hora (kWh) consumidos desde setembro do ano passado.

Este adicional era uma forma de compensar os gastos com as medidas adotadas para enfrentar a crise. Por conta da melhora nos índices dos reservatórios, esta taxa extra será retirada neste mês.

Após cinco dias do anúncio do fim da bandeira de escassez hídrica na conta de luz pelo presidente Jair Bolsonaro e da entrada em vigor da bandeira verde a partir do próximo dia 16, a ONS disse que ela deve vir pra ficar. Não são esperadas novas mudanças até o fim de 2022. Portanto, tudo indica que as tarifas não serão reajustadas ao longo deste ano.

Quando a bandeira verde está em vigor, não são cobrados acréscimos na conta de luz. A  bandeira amarela, traz um custo adicional de R$ 0,01874 para cada quilowatt-hora (kWh). Já a bandeira vermelha é separada: no patamar 1, o acréscimo é de R$ 0,03971 e no patamar 2 é de R$ 0,09492.

Mesmo com a recuperação das usinas hidrelétricas, Luiz Ciocchi avalia como acertada a decisão do governo de contratar térmicas emergenciais no último ano. Elas deverão assegurar, até o final de 2025, a reserva de energia que era tida como necessária para uma recuperação de longo prazo. “Na hora que tomamos a decisão, existia uma incerteza muito grande. Tínhamos duas escolhas: o arrependimento de contratar e o arrependimento de não contratar”, disse.

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Paulo AmorimPaulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.
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