Banco do Brasil: Operação da PF investiga fraude em consórcio; valor ultrapassa R$ 100 milhões

Nesta quarta-feira (6), a Polícia Federal deflagou a “Operação Consórcio 200”, que investigará possível gestão fraudulenta na empresa BB Consórcio, do Banco do Brasil. Aproximadamente 20 policiais federais cumprem oito mandatos de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Paraná e Distrito Federal.

Segundo a PF, o inquérito policial, instaurado no ano passado, se originou após encaminhamento pelo BB de notícia crime com o resultado da auditoria de duas operações de consórcio, na quantia de R$ 100 milhões. Elas foram aprovadas como consórcio de veículos, mas usada para outros fins.

Os investigadores ainda informaram que, inclusive, o pagamento não foi feito regularmente. Por conta disso, o BB foi obrigado a cobrir parte considerável do contrato.

No entendimento da Polícia Federal, a operação financeira pode ser caracterizada como gestão fraudulenta, crime contra o Sistema Financeiro Nacional. A pena de reclusão varia de 3 a 12 anos, além de multa.

A PF também informa que, após a análise das quebras de sigilo fiscal e financeiro, a utilização do produto do crime ainda pode conduzir ao crime de lavagem de dinheiro.

Conforme apurado pela TV Globo, os alvos da operação são funcionários e ex-gestores do banco. Entre eles, está o ex-presidente da BB Consórcios, Paulo Ivan Rabelo. A Polícia Federal chegou a solicitar a prisão de Rabelo, mas não houve autorização pela Justiça.

Posicionamento do Banco do Brasil

Em nota, o Banco do Brasil afirmou que, depois de identificar as irregularidades em sua subsidiária, comunicou as autoridades policiais, que começaram as investigações.

O BB informa que praticamente todas as quantias envolvidas nas irregularidades foram recuperadas pela BB Consórcios. O banco declara que isso aconteceu após as medidas tomadas durante as apurações.

A instituição financeira declara que segue contribuindo com as investigações. Além disso, o banco vem se colocando À disposição das autoridades competentes.

O Banco do Brasil revela que, em 2020, as regularidades na subsidiária foram identificadas pelo sistema de auditoria do banco.

A instituição explica que, em agosto de 2020, destituiu os executivos da BB Consórcios investigados. O BB, então, nomeou novos gestores para facilitar a apuração total dos fatores e seguir com a gestão da companhia.

O BB ainda declara que todo o esforço do banco contribuiu muito para o progresso das investigações pelas autoridades policiais.

Silvio SuehiroSilvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.