Desfile da Fahion Week no metaverso é considerado um fracasso; entenda

O Metaverso está chegando em todas as indústrias, e no mundo da moda a novidade está mais preparada do que na grande maioria. Isto porque a lógica do mercado de NFTs (tokens não fungíveis) possui em sua base a indústria da moda. 

É possível observar isso claramente nos calçados: antes do lançamento dos NFTs, aconteciam lançamentos de tênis de edição limitada e que eram posicionados mais como itens de colecionador do que roupas para usar no dia a dia.

Por conta disso, não deve ter sido uma surpresa quando marcas conhecidas participaram do “Metaverso Fashion Week”, a semana da moda no Metaverso. A semana foi essencialmente uma reunião online para empresas de roupas e para adeptos de criptomoedas, uma desculpa perfeita para vender colecionáveis digitais.

A Metaverse Fashion Week, durou quatro dias e contou com diversas passarelas virtuais, coquetéis, inaugurações de galerias e sets de DJs. Marcas como Perry Ellis, Dolce & Gabbana, Phillipp Plein e Tommy Hilfiger estavam entre os designers em destaque, todos promovendo suas próprias linhas de moda digital.

Tudo foi feito através de uma plataforma metaverso chamada “Decentraland”, conhecida por ser uma versão com mais bugs do Second Life.

O Decentraland também veio com seu token próprio, MANA, que os jogadores podem utilizar para adquirir roupas no jogo para seus avatares ou terrenos digitais na forma de NFTs. Caso deseje interagir com a economia nativa da plataforma, terá que desembolsar dólares verdadeiros por esses tokens (ou ganhá-los dentro da plataforma).

Os shows realizados no metaverso não estavam lá para substituir a coisa real, mas sim para trazer um reconhecimento coletivo de uma situação restrita. Uma parte da diversão estava em experimentar em grupo esses ambientes táteis e falhos.

A semana da moda no metaverso foi um fracasso nesse tipo de atração. A programação que prometia diversos dias de evento, porém, o que existe neste mundo que pode fazer com que alguém passe o fim de semana inteiro conectado?

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.