O presidente da Petrobras (PETR4), Joaquim Silva e Luna, declarou que a empresa investirá, até 2026, quase US$ 40 bilhões em projetos de pré-sal. A previsão do presidente da estatal foi revelada ao Estadão, em publicação denominada “Pressa no pré-sal”.
Segundo o presidente da companhia, das 15 novas plataformas de produção que serão instaladas neste período no Brasil, 12 são para produção de óleo do pré-sal. Ele informa que “os novos projetos trarão aumento de capacidade produtiva, mais eficiência e redução de emissões de gases de efeito estufa”.
No final dos projetos existentes no planejamento da companhia, 79% da produção de petróleo equivalente será decorrente do pré-sal. Nesta região, está localizado o maior ativo global em águas profundas, o Campo de Búzios. Haverá a produção de 1,7 milhão de barris de petróleo em 2026.
Conforme ele, todo este petróleo atenderá, do modo mais competitivo, à demanda que persiste durante a transição energética.
Com o pré-sal, o executivo alega que a Petrobras está em condições de subir a participação na oferta mundial de petróleo. Ao mesmo tempo, a empresa poderá oferecer “uma fonte de energia menos intensa de carbono”.
Silva e Luna ainda destaca que os valores decorrentes desse petróleo possibilitarão a preparação da empresa para o futuro.
O presidente da Petrobras ressalta que a produção do pré-sal contribui para a transição energética. O motivo é que o petróleo do pré-sal emite menos gases de efeito estufa para cada barril produzido do que a média global. São 17 kg CO2e por barril produzido no mundo, ante 10 kg no pré-sal.
Pauta de sustentabilidade pode favorecer Petrobras (PETR4)
Cada vez mais, a pauta ESG (Ambiental, Social e Governança, em tradução livre) vem ganhando a atenção dos investidores. As empresas também vêm se atentando a este cenário.
Segundo uma pesquisa feita pela consultoria PwC, com 360 pessoas pelo mundo, as práticas ESG impactam 79% dos investidores no momento de tomar decisões sobre as aplicações.
Ainda há 49% de pessoas que disseram que planejam retirar recursos de companhias cujas ações de governança e sustentabilidade sejam irreais.
Ao considerar essa tendência, as ações da Petrobras podem ser favorecidas. Contudo, vale destacar que os papéis têm passado por grande volatilidade. Isso diante do cenário político e externo.