Está ‘enrolado’ com o financiamento imobiliário? Confira dica de ouro para evitar inadimplência

Como forma de realizar o sonho de ter a casa própria, é comum que os brasileiros assumam um financiamento com duração de muitos anos. Porém, diante de um cenário de inflação em alta, nível de informalidade crescente e outros fatores, não saber exatamente sobre como estará a sua renda num futuro próximo pode prejudicar o pagamento do compromisso. Nesta situação, fazer uma pausa no financiamento se torna a melhor saída.

Pausar o financiamento imobiliário é uma maneira de evitar ficar inadimplente e complicar ainda mais a situação.

De acordo com disse ao portal Hoje em Dia, o engenheiro e Diretor de Financiamento Imobiliário no Grupo Loft, Bruno Gama, pausar o pagamento das parcelas do financiamento é uma possibilidade ainda nova no Brasil.

“Não era um atributo que existia no brasil, ela surgiu em função da condição financeira nos últimos três anos e veio, no fundo, ocupar um espaço da flexibilidade de você ter situações em que pode gerenciar melhor seu fluxo de caixa”, disse ele.

É importante destacar que a possibilidade de pausar um financiamento não é algo obrigado por lei. Sendo assim, fica a critério de cada instituição financeira optar por conceder ou não esta possibilidade e também quais serão as regras e formatos do acordo.

É possível pausar o financiamento pelo período de dois ou três meses, por exemplo. Existem bancos que também exigem que o contratante não esteja inadimplente, ao mesmo tempo que outros aceitam um período de atraso nos pagamentos.

“A maior instituição de crédito imobiliário do país, a  Caixa Econômica, foi a primeira a trazer esse atributo possibilitando uma pausa de até três meses. Hoje, vários outros bancos também fazem”, explicou Bruno.

A orientação é que cada cliente questione o banco onde foi feito o financiamento para saber se existe a possibilidade de pausar ou pagar apenas uma parte das parcelas.

Por fim, Bruno alerta para quem está interessado em pedir este congelamento. O valor que não será pago ao longo destes meses será acionado ao saldo devedor e dividido nas parcelas que ainda restam. Elas ficaram um pouco mais caras uma vez que serão acionada uma taxa de juros.

“No início do ano é comum as contas ficarem mais apertadas pela carga dos impostos e, no Brasil, hoje, a informalidade dificulta que a pessoa tenha sempre a certeza de quanto vai faturar por mês. É para esses casos que a pausa serve, é um instrumento de emergência, não deve ser recorrente”, explica.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.