Nesta segunda-feira (14), a exchange de criptomoedas Binance comunicou que negocia compra da corretora brasileira Sim;paul Investimentos. A conclusão da transação depende de aprovação das autoridades regulatórias, incluindo o Banco Central do Brasil.
Com o objetivo de “desenvolver o mercado brasileiro”, a Binance assinou um Memorando de Entendimentos indicando o interesse na compra da Sim;paul Investimentos. Esta é uma corretora brasileira autorizada pelo Banco Central e Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
O fundador e CEO da Binance, Changpeng Zhao, informa que a exchange tem o intuito de aumentar a adoção de cripto mundialmente. Existe o objetivo de causar impacto positivo para os usuários da Binance, a comunidade de cripto e blockchain — além da sociedade como um todo.
“Em um mercado em rápido desenvolvimento como o brasileiro, o ecossistema blockchain, que inclui mas não se limita a criptomoedas, pode transformar e facilitar a vida das pessoas, e acreditamos que temos muito a contribuir, em total colaboração com as autoridades locais“, completa Zhao.
A tecnologia blockchain possibilita a existência das criptomoedas e outros produtos. O recurso é um tipo de registro virtual, que não pode ser modificado, com possíveis aplicações em múltiplas indústrias. Neste sentido, os criptoativos são uma parte desse ecossistema disponibilizado pela Binance.
Movimento da Binance representa aceno a reguladores
A negociação de compra de corretora brasileira, por parte da Binance, acompanha o movimento de diálogos sobre a regulação de criptomoedas pelo mundo. Esse movimento indica o interesse da exchange em se adequar às normas indicadas pelos órgãos reguladores globais.
No Brasil, recentemente, o Senado aprovou um projeto de lei que abrange a regulação de criptomoedas no país. O texto prevê que o Poder Executivo poderá decidir o órgão que realizará a supervisão do setor.
As companhias brasileiras cripto observaram o projeto como positivo. Estas empresas entendem a regulação como uma forma de pressionar as autoridades contra o exercício de companhias estrangeiras no Brasil — que não estão regulamentadas ou não possuem um escritório físico.
A Binance, por sua vez, não possui sede do Brasil. Apesar disso, conta com funcionários brasileiros. A exchange já sofreu representação, por parte de outras companhias e associações de mercado de cripto e blockchain, por, supostamente, praticar “concorrência desleal”.