- Os ETFs de renda fixa, criptomoedas e ESG devem ser tendências;
- A indústria deve dobrar nos próximos cinco anos;
- Os interessados podem investir em ETFs por meio de alguma corretora.
Até o final de 2026, o mercado de ETFs (Exchange Traded Funds) deve chegar a US$ 18 trilhões. O estudo foi divulgado pela consultoria e auditoria PwC, divulgado primeiramente pelo Valor Investe. O levantamento ouviu 80% da indústria global.
Os produtos de renda fixa, criptomoedas e ESG (ambiental, social e governança) devem liderar as tendências. Essa previsão foi indicada por 58% dos executivos da indústria global.
A consultoria PwC considerou a perspectiva de 60 profissionais. Três a cada quatro eram gestores de ETFs. Os demais eram gestoras de fundos ativos, formadores de mercado e prestação de serviços. Os profissionais são de casas de investimentos que abrangem 80% dos ETFs do mundo.
Popularização do mercado de ETFs
Segundo observado pela consultoria, desde a década de 1990, os ETFs deixaram de ser uma alternativa de nicho, e se tornaram conhecidos no exterior — por conta da facilidade de negociação, taxas menores e transparências, por acompanharem um índice.
Nos últimos cinco anos, o mercado global quase triplicou. O volume saltou de R$ 3,3 trilhões, em 2016, para US$ 10 trilhões, em 2021. Sendo assim, a PwC estima que a indústria deve dobrar nos próximos cinco anos.
Os participantes da pesquisa preveem que a onda de desenvolvimento continua, mas em nível levemente mais lento do que nos últimos anos.
A consultoria alega que o crescimento contínuo desses produtos abre diversas oportunidades para antigos e novos ETFs. Isso trará maior regulamentação, complexidade e concorrência.
Pelo mundo, diversos gestores de ETFs têm aumentado as ofertas. Grandes gestores de fundos de ações ativos vêm lançando ETFs para crescer. Os que inovarem e entregarem grandes retornos — mantendo transparência e taxas menores — se destacarão.
Perspectiva para os ETFs do futuro
A PwC informa que a próxima etapa de crescimento desses fundos incluirá ETFs que acompanham índices de renda fixa, criptomoedas e agenda ESG.
Nos Estados Unidos, ao responder quais ETFs registrarão grande demanda de investidores nos próximos dois ou três anos, 89% dos executivos indicaram os de renda fixa.
Os temáticos foram citados por 89% destes profissionais. Entre os temáticos, 25% citaram que pretendem lançar ETFs de criptomoedas no próximo ano — caso sejam regulados.
Na Europa, 82% dos executivos apontaram os temáticos, e 76% os de renda fixa — dentre os ETFs que terão alta demanda nos próximos dois ou três anos.
Dos temáticos, 43% citaram que planejam disponibilizar ETFs de criptomoedas no próximo um ano e meio. Isso porque há mais avanço na regulação no continente.
Além disso, pelo mundo, 56% dos executivos estimam que mais da metade dos ETFs lançados no próximo ano tenham foco na pauta ESG.
Como investir em ETFs
Os ETFs são fundos de investimentos negociados em bolsa de valores, cujos gestores acompanham um índice — como o Ibovespa. Essas aplicações tendem a ser indicadas para quem deseja começar a investir, por conta da facilidade de aplicação e das baixas taxas.
Para investir em ETFs, o interessado precisa ter conta em alguma corretora de valores. Como as cotas são negociadas na bolsa de valores, há a necessidade de intermediação de uma das casas existentes no mercado.
No momento de decidir pela melhor corretora, o investidor deve levar em conta alguns pontos, como a qualidade da plataforma de negociação, variedade de opções de aplicações, custos de operação e a disponibilidade de suporte — em caso de dúvidas.
Para a abertura de conta, geralmente, as corretoras solicitam cópias de documentos, como CPF e identidade. Normalmente, o encaminhamento tende a ser de modo eletrônico. Após a abertura, o titular deve transferir dinheiro — para começar a operar.
Antes de decidir pelo ETF, o investidor deve considerar alguns critérios. Primeiramente, a pessoa deve constatar se a aplicação se enquadra no próprio perfil de risco. Além disso, é importante decidir pelo investimento que condiz mais com os conhecimentos e objetivos.
Geralmente, as corretoras e casas de análises desenvolvem relatórios de recomendação — de compra ou venda de ETFs. Ao analisar esses conteúdos, o investidor poderá ampliar os conhecimentos neste mercado.