- Preço da gasolina sobe para R$3,86 nas refinarias
- Diante disso, vale a pena ir de álcool?
- Uma conta básica que ajuda os consumidores nesta decisão.
Começou a valer hoje, 11, o novo reajuste nos preços da gasolina e do diesel nas refinarias. Após 57 dias sem reajustar os valores, a Petrobras elevou o preço médio da gasolina de R$3,25 para R$3,86, representando um aumento de quase 19%. Diante deste aumento, é mais vantajoso abastecer o carro flex com gasolina ou com álcool?
Para saber a resposta existe uma conta básica para os consumidores compreenderem o que é melhor para o seu carro. De acordo com a regra, se o preço do etanol corresponder a até 70% do preço da gasolina, a melhor escolha é o álcool.
A fórmula para o cálculo é o seguinte: divida o valor do desempenho do álcool pelo desempenho da gasolina. Caso seu veículo roda, por exemplo, 7,2 km/litro com álcool e 10 km/l com gasolina, temos 0,72 ou 72% de rendimento com álcool (7,2 dividido por 10).
Os carros equipados com computador de bordo fornecem esses dados. Se o seu veículo não tiver este equipamento, você deve encher o tanque e zerar o hodômetro parcial ou anotar o número. Após isso, você deve percorrer uma distância de sua preferência e encher o tanque novamente, dividindo o total de litros abastecido pela quilometragem rodada.
Após isso, divida o valor do álcool pelo da gasolina e descubra qual é mais vantajoso.
Pode misturar álcool e gasolina?
Segundo a Moura, especializada em baterias, os veículos flex podem funcionar com a mistura de etanol e gasolina sem nenhum problemas. Fica a critério do proprietário qual será a proporção desta mistura e a prática não causa nenhum dano ao seu motor.
Reajuste dos combustíveis
Na quinta, 10, diante da disparada do preço do Petróleo, a Petrobras anunciou o reajuste no preço da gasolina e do diesel após cerca de dois meses do último reajuste.
“Após 57 dias sem reajustes, a partir de 11/03/2022, a Petrobras fará ajustes nos seus preços de venda de gasolina e diesel para as distribuidoras”, disse a estatal através de um comunicado.
Sendo assim a partir de sexta, 11, o preço médio de venda da gasolina para as distribuidoras sobe de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro, um aumento de 18,8%. Para o diesel, o preço médio passará de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro, uma alta de 24,9%.
Preço nas bombas
É importante destacar que o valor cobrado na bomba dos postos depende ainda de diversos impostos e também da margem de lucro de distribuidores e revendedores.
De acordo com a ANP, o preço médio da gasolina no Brasil ficou em R$ 6,577 na semana passada. O diesel, por sua vez, fechou em R$ 5,603.
Política de preço
O mercado segue atento nas medidas que o governo irá colocar em prática para segurar a alta no preço dos combustíveis. Na última quarta, 9, foi adiada pela terceira vez a votação de dois projetos que tinham a finalidade de conter o aumento no preços dos combustíveis.
A Petrobras segue desde 2016, uma política de preços que se baseia nas flutuações do preço do barril de petróleo no mercado internacional e pelo câmbio. O petróleo Brent, que e a principal referência internacional, já está com uma alta acumulada de mais de 40% no ano, e na última segunda, 7, chegou a bater os US$ 139.
Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), o reajuste aplicado nesta semana é “inadmissível” e “mais uma demonstração da falta de respeito do governo Bolsonaro e da gestão da Petrobras”.
“Desde a adoção do Preço de Paridade de Importação (PPI), em outubro de 2016, a gasolina e o óleo diesel, na refinaria, tiveram reajuste de 157%, ante uma inflação de 31,5% no período. No gás de cozinha, a alta acumulada foi ainda maior, de 349,3%”, disse a Federação através de nota , em nota, a FUP.