Nesta terça-feira (8), o ministro da Economia, Paulo Guedes, declarou ser contra o congelamento dos preços dos combustíveis. Segundo o ministro, “só maluco congela preço”. A declaração foi realizada ao R7. Por conta do aumento internacional do petróleo, a possibilidade tem sido discutida pelo governo.
Diante da guerra entre Rússia e Ucrânia, o preço internacional do petróleo vem registrando alta. A cotação do petróleo tipo brent já chegou à marca de US$ 130.
Por conta deste cenário, o governo tem buscado alternativas para evitar a alta nos preços dos combustíveis. Vale destacar que a Petrobras reajusta seus valores conforme o preço do barril do petróleo e variação do dólar.
A companhia não reajusta o preço dos combustíveis há mais de 50 dias. Na última elevação, o valor do barril do petróleo estava em aproximadamente US$ 80.
Segundo apurado pelo Globo, nesta terça, em reunião feita no Palácio do Planalto, ministros do governo Jair Bolsonaro progrediram nas negociações para estabelecer um subsídio federal.
O subsídio seria de três meses. O custo poderia chegar a aproximadamente R$ 25 bilhões. Estes valores seriam necessários para manter o valor dos combustíveis no nível atual.
Para que essa medida passe a valer, seria preciso editar um crédito extraordinário, fora do teto de gastos.
Mesmo com essa conversa no Palácio do Planalto, ainda não foi definido qual será o modelo que o governo adotará. A decisão será definida por Jair Bolsonaro.
No entendimento de integrantes do Executivo, será preciso ter um subsídio para segurar o valor dos combustíveis — mesmo que o valor não seja suficiente para diminuir o valor nos postos.
Ministério da Economia se posiciona contra subsídio para conter preços dos combustíveis
Apesar disso, o Ministério da Economia ainda apresenta resistência sobre a criação de subsídio para os combustíveis. A pasta se posiciona a favor da redução de impostos federais sobre o diesel — e também alterações na cobrança do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).
Nesta semana, o Senado pode votar um projeto que aborda o assunto. O governo deve esperar a aprovação do texto, antes de indicar uma medida definitiva para os combustíveis.