Economia brasileira demonstra indicativos de recuperação. Na última semana, um novo levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), relevou que o PIB nacional avançou em 0,5%. Desse modo, foi possível reconquistar as perdas registradas durante a pandemia do novo coronavírus. Entenda.
Os últimos anos têm sido de crise e instabilidade econômica para a população brasileira. Com a pandemia do novo coronavírus e a falta de coerência nas decisões do governo federal, a inflação esteve em alta. No entanto, o IBGE relevou que foi possível contabilizar, no quarto trimestre de 2021, um avanço de 0,5% no seu PIB.
PIB nacional em recuperação
A pesquisa pontuou que ao longo de todo o ano passado, o país totalizou R$ 8,7 trilhões em seu PIB. Com isso, o crescimento foi de 4,6%. Já o PIB per capita alcançou R$ 40.688 no ano, um avanço de 3,9% em relação ao ano anterior (-4,6%).
O PIB é correspondente ao Produto Interno Bruto, ou seja, ele contabiliza toda a soma dos bens e serviços produzidos no país. Seu desempenho significa uma progressão financeira, porém em épocas de crise há uma regressão que resulta na baixa circulação de capital.
“Houve recuperação da ocupação em 2021, mas a inflação alta afetou muito a capacidade de consumo das famílias. Os juros começaram a subir. Tivemos também os programas assistenciais do governo. Ou seja, fatores positivos e negativos impactaram o resultado do consumo das famílias no ano passado”, afirmou Rebeca Palis.
Setores
Ainda de acordo com o IBGE, o setor com o maior crescimento em 2021 foi o de serviços (4,7%) e de indústria (4,5%), que juntos representam 90% do PIB do país.
Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, explica que ambos os segmentos permanecem em destaque, juntamente com as atividades relacionadas ao transporte, armazenagem e correio (11,4%).
“A atividade de informação e comunicação (12,3%) também avançou, puxada por internet e desenvolvimento de sistemas. Essa atividade já vinha crescendo antes, mas com o isolamento social e todas as mudanças provocadas pela pandemia, esse processo se intensificou, fazendo a atividade crescer ainda mais”, disse, em nota, Rebeca Palis.
“São atividades relacionadas aos serviços presenciais, parte da economia que foi a mais afetada pela pandemia, mas que voltou a se recuperar, impulsionada pela própria demanda das famílias por esse tipo de serviço”, acrescentou a pesquisadora.
Houve ainda um crescimento no comércio (5,5%), atividades imobiliárias (2,2%), administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade sociais (1,5%) e atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (0,7%).